segunda-feira, 31 de outubro de 2011

esta noite tiro a máscara

Não me reduzi à cultura dos povos que alimentam esta etapa do ano e por isso hoje não vou ser maga nem dona de uma verruga no canto do nariz.
Onde está o Pãozinho? No centro do retangulo ainda se iluminam caras à passagem da manhã do dia 1 de Novembro. Por exemplo a M que já pediu à avó que não se esquecesse dela.
Por aqui, neste canto de Portugal não há lugar para merendeiras, bolinhos, pão por Deus, da saída em filinha indiana a casa dos vizinhos e familiares para um lanche em grande.
De manhã bem cedo, a G entregava uma saca do pão linda e branquinha para que ninguém pusesse defeitos e vestia-me a mim e à minha irmã com muito esmero.
Cabelo arrepanhado num rabo de cavalo e lá iamos nós dentro do carro com o Z para que ordeiramente nos pusessemos a caminho de umas quantas casas pré selecionadas.
Passada uma hora ou duas, já se fazia sentir o peso da saca. Lá dentro já havia romãs, castanhas, nozes, merendeiras, maçãs e alguns rebuçados e chupa-chupas. Não havia gomas e chocolates (só mesmo um ou outro para adoçar a boca).
Quem ganhava nestas andanças? A mana. Trazia sempre comida a dobrar e no tempo dela, a fartura era maior, dando lugar a grandiosas tabletes e até uma ou outra moeda.
A vizinha 'canimbamba' dava um micro-bolo de seu nome beijinho. O que nós nos rimos disso. Que devia ter vergonha de entregar aquela coisa. Que forreta! Mais valia nem abrir a porta. Queria fazer-se bonita ou quê? Mas a verdade é que o dinheiro não é de quem o gasta e no caso dela é totalmente verdade. O filho da madama já devia andar na secundária (não sei se chegou lá, mas idade para isso tinha) e ainda ia ao pão por Deus ou ao Bolinho.
Amanhã por aqui, iremos comer aquelas merendeiras 'deliciosas' que fiz, entrevaladas com um chocolate de avelãs.
Não venham cá bater à porta porque a campainha acabou de se estragar e nós não ouvimos. Experimentem lá para o lado de São Bento e de Belém que esses unhas de fome é que têm as garras afiadas e estão completamente embuídos do espírito do Halloween.

domingo, 30 de outubro de 2011

e as merendeiras

de batata doce ficaram boas?
Não.
Fraquinhas.
Têm os ingredientes certos, mas de certo na proporção errada.
O primeiro tabuleiro ficou chamuscado e no segundo as merendeiras foram premiadas com uma cor mais bonita.
Vou culpar o forno.

sábado, 29 de outubro de 2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

peças suplentes

Estou com algumas peças em conflito e que se preparam para me deixar de molho durante o fim de semana.
Não era preciso aventurar-se nenhuma inveja até cá a casa porque não quero  fazer ponte na segunda feira.
Se me deixar ficar sossegadinha até pode ser que me porte bem e não exagere nem em ovos nem em chocolate. Isto porque tenho um palpite que foi o querido risotto doce que me pôs assim para o esquisito.
Adicionando o que eu não sei com o que eu sei, assomou-se de mim um ataque a algumas das minhas peças. Vou procurar algum conforto noutra posição que esta não me está a ajudar.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

este dia

teve sabor a chuva, trabalho e calor.
Alternando entre estes três, acrescento que sonhei com uma tacinha de arroz doce de vez em quando.
Apesar do sabor intenso a limão, está com a canela no ponto.
Hoje não tenho desculpa para fazer um doce novo.
Amanhã e porque é véspera de fim de semana vou obrigar-me a contornar os chocolates e os figos carregadinhos de nozes.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

estou a fazer arroz doce

com risotto (não tinha outro).
O cheiro que vem do tacho não é o mesmo.
Não estive para procurar receitas e estou a utilizar a que faço sempre.
Está mesmo a apetecer-me.
Está um grande vendaval, aproxima-se o dia da mudança da hora, o outono arrancou em força.
Não sinto a falta do frio e das meias e das mantinhas, mas o arroz doce aproxima-me da minha hibernação.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

o computador

tem lugar marcado no arranjo.
O HP vai deixar de estar na minha lista para estes aparelhos.
Um mês de idade e foi viajar para trocar peças (fazia um barulho mas os vendedores achavam que não tinha importância).
Hoje, com pouco mais de um ano e a meio de um trabalho que o J estava a fazer para amanhã, desligou-se.
E não voltou a acender.
Foi um ar que se lhe deu.
Viajou até à comissão de gigas e perguntou se estava relacionado com o aumento da eletricidade.
Disseram-lhe que não.
Depois de cabos ligados e desligados, mudança de tomadas, tomou-se a decisão: para a próxima faço 'bécâpes'.
Amanhã indago por técnico capaz.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

esta semana é enorme

tenho um saco cheio de afazeres.
Não me basta uma lista.
Estou a ver se segunda feira não dá por mim.

domingo, 23 de outubro de 2011

a chuva está cá

estou embalada para ter uma noite de televisão.
Ainda não preciso da mantinha e ainda tenho os braços descobertos.
Apetecia-me um bom livro para ler.
Falaram-me em escritores hungaros que me vão aconchegar ao sabor das castanhas ao longo do mês que vem.

sábado, 22 de outubro de 2011

Estou a deixar

que a vontade de não trabalhar me invada.
Logo hoje que eu tinha tantos planos.
Para aumentar os remorsos acabei de comer uma taça enorme de mousse de chocolate.
Com muitas nozes.
Vou olhar devagarinho para os meus ficheiros...
Já me distraí.
E, garanto que tentei, uns bons 3 minutos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

a mudança do tempo

Ora bem, então não se decidem?
O anticiclone estacionado em segunda fila já decidiu se é este o fim de semana em que o verão deixa este 'piqueno retangulo'? (o que eu gosto de piqueno)
Vou fazendo zapping entre o windguru e o meteo para conseguir tirar a conclusão mais acertada.
Faz-me 'espécie' que o modelo da cz seja mais fiável que o pt.
Vou contar com uma mini-chuva durante o sono de hoje, mas era de evitar que na segunda de manhã também houvesse salpicos de mau humor acrescidos.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Palavras que vão crescendo e tomando forma

Na família temos por hábito adulterar palavras e torna-las nossas. Têm significado e entraram no circuito das corretas. Não falo de diminutivos nem de palavras carinhosas. Aqui não estão em causa os mimos ou os inhos.
Vorete, voranda são alguns dos nossos inhos. Falo de pés de bico (andar em bico dos pés), corteiro (cabeleireiro), Belisquei-me (Boliqueime), entre muitas e muitas. Tiveram todas origem nos 3 estarolas: A, M e I. Mas, a M ganhou a todos quando introduziu 'cuspineta' no nosso glossário. É uma palavra que encerra toda a carga de uma pessoa que se dá aos ares, cheia de certezas e que provoca sempre reações adversas às pessoas que a rodeiam. Podia ser pespineta (no dicionário consta como pespeneta). Mas ignorando a forma gráfica considera-se que cuspineta engloba uma mistura entre isso e uma dose de saliva que sai da boca com vontade própria.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O sr. ministro

esteve em hibernado. Na sua caverna fria e escura era secundado por outros cargos importantes de todas as cores possíveis.
Na caverna, não havia luz, não havia livros, não havia computadores, não havia telefones, não havia possibilidade de fuga.
Quem lá estava sabia que tinha de construir um documento com o orçamento para um país inteiro.
Na perspetiva de alinhar o saldo e equilibrar a balança, resolveram matar a esperança e todos os folegos que ainda existiam.
Quando sairam ofuscados pela sua excelência não entenderam que as suas respostas não eram a solução para o país inteiro.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Conversa sobre dejetos

Uma vez que a situação do país assim o impõe e porque não quero destoar em relação aos demais, decidi aventar-me neste assunto.
Não sobre política, sobre a falta de explicação, sobre o laxismo, sobre o aumento da despesa, sobre todos os cortes...
 Quando a I era mais pequena teve um grande desarranjo intestinal. Nessa altura fui obrigada a tomar conta de todas as ocorrências referentes as idas à casa de banho.
Tentava interpretar a cor, a quantidade, o formato, para disso dar conhecimento ao pediatra.
Aproveitava para lhe contar uma história e dizia que se parecia com um objeto ou um animal.
Muito mais tarde e já sem a necessidade de eu tomar conta da ocorrência, a I. chamou-me e disse-me:
- Mãe, fiz uma família!

domingo, 16 de outubro de 2011

apetecia-me comer um pacote de bolachas

mas não tenho cá em casa.
Apetecia-me comer um chocolate, mas não tenho cá em casa.
Apetecia-me comer um bolo que não fiz e devia ter feito.
Sou capaz de me lembrar de várias fontes de salivação.
Estou a sonhar com leite creme, cheese-cake, mousse de chocolate, bolo de noz, pastéis de nata, pampilhos, profiteroles, pastéis de tentugal, pastéis de feijão ...
Vou ter dificuldade em controlar esta vontade.
Pode ser que a noite me devolva  um estômago mais calmo.

poucas linhas

são o produto de muitas funções ao mesmo tempo.
Um domingo recheado.

sábado, 15 de outubro de 2011

fomos abrir a praia

ficámos pela esplanada de um bar (sem pássaros estúpidos a esvoaçar).

          

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ainda não li Lobo Antunes

apesar de já ter tentado.
A sua imagem arredondada pelas suas palavras em entrevistas, evitaram que me embrenhasse nos seus livros.
A penúltima conversa, mesmo antes desta de hoje, começou a deixar-me curiosa.
Hoje até já esboçou sorrisos.
Já se deixou levar, não ficou preso lá no alto.
Comungo da sua política de indignação, de vergonha pelos que fizeram 'isto' ao nosso país.
A luz também o fascina.
É daqueles que 'encontra um botão na rua e constrói um casaco à volta dele'.
Terminou com um poema divertido sobre a imagem da gripe vivida no masculino, depois de questionar a capacidade da sua mãe criar barrigas anuais com o pai a viver na Alemanha. Este vinha anualmente e quando partia a barriga começava a crescer. O António foi o primeiro.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

como nos podemos prevenir

contra mentes, ideias e pessoas que não sabem governar?
Estou a ouvir e não encontro competência e inovação.
Que caminho é este?

motivos de atraso

São inúmeras as possibilidades.
Eu a e I fomos dando exemplos de desculpas enquanto iamos a caminho da escola.
'O leite estava muito quente', 'A minha mãe vomitou', 'A almofada tinha cola e não consegui levantar a cabeça'.
Pois não sei se por castigo ou não, à nossa frente ía um tractor com um tanque de água a reboque.
Temos sempre tempo de sobra para chegar, mas hoje foi complicado.
Demorámos o dobro do tempo.
Há sempre um atraso à espreita.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

hoje andei o dia todo

a pensar que era quinta. Amanhã se der balanço a esta ideia, vou andar a sonhar com o sábado.
Ai que desilusão vou sentir.
Não tenho planos para o fim de semana, para além de trabalho, tarefas domésticas e se calhar algum filme no sofá.
A I tem planos. Ainda não disse o inevitável sim. Começa no sábado às 9, inclui 3horas de viagem, kidzania, 3 horas de viagem, dormir fora e passar o dia de domingo em festa.
Afinal não quero que seja sábado.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

as secretárias

nas salas de aula da minha escola estavam todas escritas.
Eram de madeira e em algumas faltavam alguns bocados.
No anfiteatro do 1º andar, a última mesa da 1º fila, encostada à janela tinha um círculo desenhado a esferográfica azul com a seguinte mensagem:
Carrega no botão e o professor desaparece.
Há vontades que são eternas e outras que mudam de sentido.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

não tenho filtro

para conseguir ignorar o mau feitio das pessoas.
Fico murcha, cabisbaixa e pouco produtiva porque me deixo envolver na bruma da indisposição alheia.
Gostava que fossem mais concisas e se limitassem aos factos.
Não queria que as suas divagações indispostas me fossem oferecidas para eu resolver.
Também não sei a solução.
Também fico enleada na teia.
Também me empurram para fazer o que não quero e/ou concordo.
Trabalho a quanto obrigas!

domingo, 9 de outubro de 2011

como se organizam as mensagens?

 Utilizo muito o email de mim para mim.
Sei que há pessoas que usam o dropbox, o rascunho das suas contas de email, mas eu abuso mesmo nos envios pessoais. Chego inclusivamente a mandar para mais de uma conta das minhas. Tenho 3, apesar de movimentar só 2.
Muitas vezes não escrevo o assunto porque é sempre para utilizar no imediato.
Tenho sempre a caixa de entrada cheia.
Fiz marcadores e de vez em quando, separo as mensagens.
É quase como arrumar gavetas, separar folhas e catalogar livros.
É um trabalho entediante que me provoa a sensação de alívio depois de estar feito, mas que durante o processo me obriga a distinguir corretamente entre separadores (muitas vezes há mensagens que alargam os seus tentáculos por mais de um marcador).

Acho que está feito até ao final do ano.

Estou toda torta

no sofá, a ver o meu dedo a pressionar o botão do comando.
Tenho incontinência televisiva. Sou capaz de ver mais de uma coisa ao mesmo tempo.
Tenho as costas feitas num farrapo e amanhã não me mexo.
Ainda consigo dedilhar umas letras sem interesse por aqui.
A noite de sábado parece-me sempre gigante, nunca tenho sono e como sempre pacotes de bolacha em número suficiente para encarar o enjoo de frente.
Não encontro uma série ou filme que me encham as medidas.
Vou continuar nas leituras dos pensamentos alheios.

sábado, 8 de outubro de 2011

Comprei um

daqueles pijamas inteiriços numa loja low-cost.
Não havia para mim, então fui à secção juvenil de rapaz. É um bocadinho curto e é às riscas verdes.
A I. diz que pareço um sapo.
Sou uma 'sapa prisioneira ánhucas'.
Poderia inaugurar uma série de: hoje durmo assim.
Seria mentira pois o pijama terá de aguardar por dias de frio e esses estão em parte incerta.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

e já está

já sabe a fim de semana.
Sabe a acordar tarde.
Sabe a não cumprir horários.
Sabe a um dia de férias.
O outro que vem antes de segunda está cheio de projetos e trabalhos atrasados. E, nessa noite vou ficar frustrada por não ter cumprido a minha parte.
Eis-me dividida por antecipação.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

hoje o dia

pareceu-me segunda e amanhã devia ser sábado.
Eu que sou adepta de dias de descanso fui enganada ontem.
Nem sei se me soube a pouco.
Trabalhei mais na terça, muito mais hoje e mesmo ontem dei uma perninha no trabalho.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

as obras não param

nem mesmo aos fim de semana e nos feriados.
E sendo hoje feriado, não se pode dizer que tenham começado cedo porque já passava das 10 horas, mas só se ouvem martelos e berbequins.
Em Agosto foram avisados, mas estão a testar a nossa capacidade de encaixe.
Tenho baixa tolerancia ao barulho.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

um texto com palavrões

Ainda não me habituei a ouvir palavrões ao desbarato.
No meio de jovens é frequente e completamente banal. Acho desnecessário e sinto falta de vocabulário alternativo.
E até pode ser verdade, são simplesmente palavras.
Logo de manhã uma menina de 8 ou 9 anos que estava a ser penteada pela mãe, à porta de escola, disse:
- Vai ficar uma me...!
Não ouvi nenhuma repreensão materna.
Ao final do dia e no café, uma senhora com cerca de 60 anos virou-se para a sua amiga e disse:
- Não te sentes aí porque está tudo cag...!
Eu também digo palavrões. Palavras brejeiras. Evito fazê-lo com tantas testemunhas.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

o que é isso?

O que significa dizerem que o preço dos combustíveis baixou?
Quem encomendou esta notícia?
Entrevistaram pessoas que tinham atestado os seus veiculos e não tinham notado a diferença.
Pensei: como andam as pessoas, tão distraídas que nem sabem fazer contas. Que desleixo!
Depois disseram que a descida do gasóleo foi de meio cêntimo.
Quase me faltou o ar.
Então e passam-se 5 minutos em horário nobre por isto.

que calor é este?

Mais de 30º e estar fechada a trabalhar. A transpirar. Tanta gente numa sala só.
Que vontade de tomar um banho e de fazer uma soneca.
Ou, como se diz por cá dormir a folga. Hoje até me apetecia.

domingo, 2 de outubro de 2011

de vento em popa

é uma expressão ligada à nautica, mas que eu associo ao meu fim de semana. Começou com a osga que o J conseguiu varrer para a pá por se encontrar completamente grogue, no chão atrás do bengaleiro. A queda de ontem que me mantém coxinha. Melhor que na origem e nas horas consequentes, não há dúvida, mas prevejo dificuldades no momento de calçar. Estou a gastar energia com estas comezinhas e como tal espero que o vento comece agora a dar noutro sítio do barco do fim de semana, senão ele passa por mim e eu nem o vejo.

sábado, 1 de outubro de 2011

a culpa foi do congelador

À tarde mantive-me ocupada com a limpeza do congelador. Deitei fora o que estava queimado pelo frio, lavei e deixei que o chão ficasse salpicado de água.
De chinelo no pé tentei andar rápido até ao telemóvel que estava a tocar e caí.
Caí muito e mal. Estive no chão e na cama com gelo.
Agora não consigo andar.
Quero que a noite me apanhe descansada e de manhã saia correndo de chinelo no pé.