ontem à noite

a zon deu-nos folga.
Antes das 9 acabou-se a internet, a televisão e o telefone.
Uma noite de silêncio.
Uma dormida mais cedo.
Engraçado, mas sem direito a vontade de repetir.

com que então

escolas privadas?
O matemático Crato no seu melhor.
Demita-se!!!!

merendeiras

não são broas, broinhas.
São de batata, batata doce, grandes, com nozes, cravejadinhas de nozes.
O ano passado fi-las e ficaram muito sofríveis.
Este ano, agarrado ao não-feriado nem me lembrei de experimentar uma nova receita.
Se calhar por esse motivo, nada no jantar me soube bem.
Terminei com nozes, para me levar a lembranças de outros tempos.

o presidente da FIFA

esqueceu-se de si e decidiu enveredar pelo discurso de um mimo.
Não fosse o futebol um tema que voto ao abandono e sugeria que tratassem de o contratar para um "levanta-te e ri" especial: errei a vocação seria o mote principal.

o nível de confiança

sobre o estudo levado a cabo, é nesta casa acima a média.
Quando se confronta o conhecimento com umas questões repara-se que se trata de excesso de confiança.
Uma característica que não me assiste.
A média familiar seria um número mais justo.

podia achar graça

podia não pensar no assunto, até podia passar-me ao lado, mas na verdade há coisinhas pequeninas que me deixam a moer.
Recalco e recalco e enquanto não tiro a limpo uma dúvida, deixo que a minha cabeça se ocupe do assunto.
Falo das pessoas que estão sempre à espera dos outros, de ajuda dos outros, de apoio dos outros.
Que andam de mão estendida (e não falo das pessoas que estão na rua), mas não agradecem o que lhes dão. Se calhar pensam que não se tratam de favores.
Mas, até são.

Da gaiola dourada

que fui ver por sugestão de 2 pessoas, ficam-me duas ou três gargalhadas, umas representações boas, mas não deixa de ser um filme que se pode ver no sofá sem perda de dignidade.
Quando vejo uma camisola de cachemira reduzida a um tamanho de bébé nas mãos de uma patroa disfuncional, entendo o poder da criada portuguesa. Mesmo sem o cutelo na mão, Rosa teria a mesma força.
Gostei da hipótese do porsche vir atarrachado com um extra: da bolinha do reboque.
Gostei de ver estes portugueses a viverem no centro de Paris.
Gostei da herança.
No cinema a I era a mais nova e a média de idades era superior a 50 e assim estava composto para um sábado à tardinha.

uma desatenção

em cima de outra desatenção.
Uma troca de prioridades que se está a revelar preocupante.
Quando a noite se troca e nas voltas da cama se sai para ir trabalhar, amadurece uma certeza: as horas que faltam para o dia não serão suficientes para equilibrar o espírito.
Aguarda-me, amanhã, um dia sonolento e uma cabeça pesada.

estou em fila de espera

para me obrigar a ir experimentar mesoterapia.
Ou massagens de costas.
Ou acunpunctura (está muito longe na fila).
Ou pilates (tem muita mão de obra).

Uma figueira à beira da água

a bateria do computador

está na mó de baixo.
Haverá algum medicamento para a arribar?
Sou completamente dependente do computador.
Mesmo, mesmo.
Mas de um portátil, não de um que precisa de uma ligação permanente.

uma marcha

de apoio à troika?
Não será Síndrome de Estocolmo que se desenvolve quando as vítimas se tentam identificar com os seus raptores, por querem o seu afecto?
Esta vontade de ter atenção e de desviar atenções está nas mãos de quem?
Marcha desprovida de sentido e que vai ter a atenção das televisões.
Que letras pequeninas estão aí?

um pacote de bolachas

já não é suficiente.
Depois do jantar voltei ao hábito de me empanturrar em açúcar.

Ouvi bem quando

o comenatdor Marcelo comparou as atividades da CGTP a estupefacientes?
Ora pelo que entendi, a heroína dá muito mais prazer e excitação que a cocaína.
As manifestações de buzinão de Cavaco à luz de Passos não trouxeram os dividendos previstos, como a antequeda do governo.
No meio do comentário ainda admitiu que estava a ficar velho.
Apoio-o nessa constatação.

Se o bacalhau

é uma espécie em risco, dito isto pela boca de biólogos marinhos, porque não optar por outras com potencial para o processo de secagem.
Foram os portugueses que o colocaram no auge e lhe deram fama, poderiam ser os portugueses a encontrar sucedâneos.
Eu hoje como paloco à brás.

No último mês e meio

tenho perdido 300 gr, em média, por cada dia útil da semana.
Ao fazer contas, apercebi-me dos 1,800 kg que excluí.
Mas a lei da compensação obriga que nos restantes dois dias da semana, eu me assolape do que perdi com um acréscimo de 20%.
Podia passar este texto para um enunciado de exame de matemática do 4.º ano (eu sou da trupe da 4.ª classe) e complementar a informação com:
"Suponha que o peso no final de Agosto era de 60,5 kg, determine o meu peso no dia de Natal."

não sou pessoa

de deitar lixo fora do carro.
E até fico  furiosa por ver papeís e cigarros a voar pelas janelas de automóveis.
Até já apitei e gesticulei.
Ontem calhou-me a mim o papel de incumpridora.
Fiz com alguma malícia porque comentei que o ía fazer mesmo antes de entrar no carro.
Ofereceram-me batatas doces assadas e eu aproveitei-me da fome para ir a come-las e a eliminar da vista as cascas que se iam acumulando nas mãos. Já nem conseguia conduzir. Foi um ato de cobardia, mas um sorriso de desenho animado pintou-se-me no rosto.
Acho que ninguém viu e em minha defesa afirmo que ficou na terra (serve de fertilizante).
Se calhar até fiz uma boa ação.

o mundo da moda

percorrido num teclado.
Passei duas horas, ou perto disso, a olhar para sites de compras com descontos.
Não fiquei cheia de ideias nem de sonhos.
Desacelerei a cabeça à custa de preços mais baixos, rodeados de etiquetas velhas e sem sentido de estética. Passaram mais de 30 anos e eu lembro-me de ter uma daquelas revistas enormes nas pernas e folhea-la com vontade de ficar com tantas coisas. Não tenho presente a nacionalidade, mas ou era alemã ou francesa e servia para que uma prima costureira se guiasse para fazer umas roupas. À exceção dos tecidos quase todas as roupas  que faziam tinham o mesmo corte e a prima era boa de bainhas, panos de cozinha, sacas do pão e de "vestidos para a máquina de lavar a roupa".
A cada duas páginas daquelas "paginas amarelas da moda", a R e eu optávamos por uma qualquer indumentária que não podia ser comum. Foram horas e tardes passadas nisto.
O computador hoje colocou-me nesse tempo, com a diferença de serem menores as expetativas.

o que pensar

quando desdobro por duas bacias, a roupa que sai da máquina de lavar?
Que sou poupada e que ponho a máquina a lavar apenas quando está cheia.
Este seria o pensamento positivo.
Agora vem o outro.
Que já não tenho força para levar tudo apenas numa bacia.

estou esvaziada

de energia.

Quando dizem que é certo que acaba à sexta feira é poeque não tiveram de aglutinar uma semana em 3 dias.

Gostava de descobrir onde há suplementos.

a intemporalidade

de series, das boas, obriga-me a ficar presa ao sotaque britânico.

quando é que

se pode assumir que estamos a envelhecer (mais do que o normal)?
Rugas de expressão, fixas?
Cabelos para pintar ao fim de 6 semanas?
Dores musculares?
Dores nas articulações?
Falta de paciência para determinadas pessoas?
Falta de tempo para ler um livro?
Olhos encovados?
Óculos para ler?
Dentes tortos?
Acrescentaria dúzias a esta pequena lista e ainda assim acharia que o tempo passa veloz e deixa marcas, mas vale a pena ir aumentando todos os dias mais um item.

O trabalho acumulado

ladeado por alguma descoordenação, falta de oportunidade, dificuldade em  estabelecer prioridades, (etc), obrigam a um jogo de cintura de muitas pessoas, sem que haja algum sentimento de culpa. Uma verdade quase absoluta. E que quer estar em todas as frentes, mandando. Sempre.
Não volto a avisar que há falha porque já nem os emails têm resposta.
Não gosto de ver barcos a afundar, mas estou dificuldade em contribuir para que este flutue.

A minha companhia

à noite, dormiu fora.
A dificuldade em adormecer, obrigou-a a ir ver televisão para a sala até depois da meia noite, onde ficou a dormir.
O desconforto da falta de aconchego e do barulho excessivo da televisão contribuíram para a alteração no fuso do sono.
Pelo menos foi suficiente porque de manhã não houve preguiça em excesso.
O manjar matinal compensou: um iogurte natural e/ou leite magro sem adendas.
Sempre à frente no interesse pelas "visitas".

Cabelo cortado

e fiquei a saber que a acompanhante adormeceu no espaço em que os secadores estavam calados.
Perguntei quanto era.
Não era nada.
Voltei a perguntar e ouvi que eram 12 euros.
Preferia não ter sabido.
Gostava que insistissem que não era nada.
Depois da dita dúzia ainda conpletou, "deixa tare, tás-me sempre a dar coisas".
Fingi que nem ouvi e descobri uma mão estendida à espera.
Sou tão diferente que estas atitudes me deixam quase furiosa.

as boleias

diárias têm o problema da intrusão.
Já passou um mês e o silêncio  do carro é cortado pelo rádio.
Uma situação que me agrada.
Qualquer dia esqueço-me que tenho um elemento extra e sai-me uma asneira.

dei por mim

a ir almoçar fora e a não querer ir.
Pensei que fosse pior e que não conseguisse aguentar a pressão, mas arranjei-me bem.
Até mesmo depois de encontrar comensais conhecidos que dão a cara do outro lado da rede me mantive firme.
E mesmo a meio da tarde para me entregarem uma caixa de bolos, eu agradeci a gesto e a boa vontade.
Calhou-me a noite para fazer um trabalho mais silencioso e dei por mim a ver as paródias portuguesas do Domingo à noite.
Vou deixar a semana começar com um rasgo na produção.

e quando janto

e já tenho ideias para complementar a refeição passada meia horita?
Hoje foi essa a situação.
O trampolim até foi jeitoso e variado, mas tinha um pacote de pinhões preparado que não me saía da cabeça.
Depois de ter dado asas ao desejo fica-me este remorso macerado num sabor quase oleoso na boca.

digno de uma chef

No espaço ligeiramente superior a 24 horas, deixei queimar 3 arranjos culinários.
Entre o que se aproveita e não se aproveita, optei pela versão do nada e comecei no princípio.
Um agrado para a paciência.

A TMN

tem-me em suspenso.
Deixa-me receber chamadas e mensagem, mas proíbe-me o papel de emissário.
Desde o início da semana.
Chamadas para o apoio e idas à loja da tmn ainda não permitiram resolver a falha técnica que já sei que é prioritária, mas que ninguém fez nada. Nem mesmo uma comunicação do estado do problema me fizeram.
Ai, ai tmn! Estou quase a mudar-me!

Numa EB23

pergunta uma professora aos alunos:
- Vocês não são umas ovelhinhas, pois não?
E baixo o suficiente para a professora não ouvir, responde (bale) uma aluna:
-Nãã.ã.ã.ão.