percorrido num teclado.
Passei duas horas, ou perto disso, a olhar para sites de compras com descontos.
Não fiquei cheia de ideias nem de sonhos.
Desacelerei a cabeça à custa de preços mais baixos, rodeados de etiquetas velhas e sem sentido de estética. Passaram mais de 30 anos e eu lembro-me de ter uma daquelas revistas enormes nas pernas e folhea-la com vontade de ficar com tantas coisas. Não tenho presente a nacionalidade, mas ou era alemã ou francesa e servia para que uma prima costureira se guiasse para fazer umas roupas. À exceção dos tecidos quase todas as roupas que faziam tinham o mesmo corte e a prima era boa de bainhas, panos de cozinha, sacas do pão e de "vestidos para a máquina de lavar a roupa".
A cada duas páginas daquelas "paginas amarelas da moda", a R e eu optávamos por uma qualquer indumentária que não podia ser comum. Foram horas e tardes passadas nisto.
O computador hoje colocou-me nesse tempo, com a diferença de serem menores as expetativas.
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