quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Tenho cá para mim

que tenho uma vontade muito fraquinha.
Pontos de vista débeis.
Argumentos rudimentares.
Quem me rodeia gosta de se ouvir falar e repete-se e repete-se.
São monólogos surdos de quem tem necessidade de sobressair.
Já era bicha do mato, mas agora estou pior.
Os minutos de tolerância dos meus ouvidos passaram a segundos e dou por mim a gritar interiormente:
-Chega! Já nem te estou a ouvir! Cala-te.
Nestes preparos passo para as tarefas do meu agrado. É quase como ler na diagonal. Contorno os sons e seleciono o que me permite parecer interessada.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Os feriados vão-se embora

pediram a reforma.
Fizeram as contas (quem ...) e Portugal tem um índice excessivo de folgas, feriados, pontes (sempre por comparação com ...). O índice de produção e a taxa de trabalho efetivo vão aumentar grandemente com as alterações do calendário (previsão fundamentada em ...).
Em 1993 não houve feriado na 3ª feira de Carnaval e no Porto, o 1º de Janeiro foi gozado ao som da voz do Rui Rio. Em 365 dias, prevejo que se mantenham 3 ou 4 feriados.
Agradeça-se a gentileza das nossas células superiores que nos mantêm em alerta vermelho a cada semana que passa. Paira a incerteza de ideias elevadas a cada semana que passa.
Pois eu tenho uma proposta:
Alterar a duração da semana para 8 dias, com a possibilidade extraordinária de apenas um deles não ser útil.
Os meses, viam a sua duração ser acrescida em 4 dias. 11 meses a 32 dias cada, perfaz 352 dias, os 19 dias em falta seriam para um mês sombra que surgia de 2 em 2 anos com a duração de 38/39 dias.
Não temos uma moeda interna, mas passaríamos a ter um calendário próprio, digno de qualquer imperador/ditador.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

domingo, 27 de novembro de 2011

a saida da cama

fez-se pelas 10 da manhã. O peso do meu corpo está alojado nos olhos, nariz e sobrancelhas.
Vou ver se arranjo espaço para me fazer ao trabalho.
Passei o dia de ontem a selecionar as prendas de Natal.
Já tenho quase tudo na calha, mas desleixei o que me tinha proposto fazer este fim de semana.
Vou começar pelo ferro.

sábado, 26 de novembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Aqui ressona-se

ao som do elo mais fraco.
Tem o sono a coberto e a lareira continua a enfeitiçar o ambiente.
E, eu tenho a voz cansada.
Algumas conversas esgotam-me.

Não sei o que fazer com estas palavras

'Vais ficar chateada com o meu calendário do próximo ano.'
Ouvi-as agora de manhãzinha quando lhe pedi para tomar conta das ocorrências caseiras em dois dias já definidos do próximo ano.
Ainda argumentei qualquer coisa, mas o que eu queria mesmo dizer era:
'Mesmo sem ver a agenda, já estou chateada.'
Este sentimento já me começou a minar por dentro.
Tenho ver se o supero.
A palavra em si é feia. Surgiu-me uma vez num texto trabalhado em Português e o professor AP classificou-a como brejeira. Foi substituída por aborrecida, apesar de as comadres a quem se referia o texto continuarem a espetar o dedo mindinho ao pegarem na chávena almoçadeira de café.
Evito-a, contorno-a e hoje usei-a.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

aqui pelas seis da tarde

estava assim.
Ao longe cheirava a uma maré baixa, muito baixinha e deixava antever segredos escondidos no verão.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

com quantos paus se faz uma canoa?

um barco ou uma jangada?
Na quinta é dia de greve e eu faço.
A história do que vocês não querem é trabalhar devia aplicar-se aos que pouco sabem de gestão e organização populacional. Só vejo delapidação de património, diminuição de direitos e garantias da população em geral. Não encontro nível, qualidade, excelência nem golpe de vista nos marados dos nossos governantes.
Apenas atalharam pelo caminho mais curto mas pouco digno de confiança. São detentores de vistas curtas e começo a sentir uma náusea sempre que gozam (literalmente) do uso da palavra.
São uns lacraus mentirosos que passaram o rio nas costas das pessoas de boa fé, mas que têm pensamentos pecaminosos a cada braçada. No final acabam por morder e no final também eles vão ao fundo.
Além do dinheiro que têm, querem fama, poder e mais e mais dinheiro.
Desejava que os governos pudessem naufragar sozinhos e não nos desgovernassem no meio deles.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

domingo, 20 de novembro de 2011

o Herman José

tem um programa com a Rita Ferro e com a Ana Mesquita. É a moeda de troika.
Das ideias concordo com pequeninas.
Agora sobre o corte da castanhas: o que eu aprendi!
Sem um bom filme para explicar, remeto-vos para um pequeno corte (quase um rabisco) no rabo da castanha. Isto é, no local mais rijo e mais castanho (oposto ao seu 'vértice'), com a forma de um retângulo no sentido longitudinal.
É tão, tão maravilhoso. A casca sai inteirinha e sem arremessos de mau humor para a pele mais próxima do seu corpo.
Esparrameirei-me no sofá e esperei com um copo de espumante doce que saissem do calor.
Desilusão: a casca sai bem, mas são podres e cheiram mal.
Virei-me para o paté com bolachinhas. Ervas finas e barriga grossa.
Tudo isto para agradecer ao Sr. Tal Canal, Hermanias, Herman Enciclopédia, Pensão Estrelinha e muito do meu agrado Casino Royal. Podiam era dizer-lhe que as cantorias podiam ser esquecidas bem como alguns laivos de crónicas mal semeadas.

sábado, 19 de novembro de 2011

ontem tive um sonho

no processo de passar a ferro.
Vi-me a ter outra profissão.
Vi-me agradada e bem disposta.
Antes tenho de ir estudar.
Essa parte não sei se é boa.
Já não tenho paciência e falta-me o tempo.
O ano letivo já começou.
Para o ano, se me lembrar, vou saber o preço das propinas.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

de onde estou

do local onde me encontro, tenho vista para a rua. É uma vista pequenina, mas ainda assim está presente e ajuda a serenar momentos de maior trabalho. Mesmo quando estou distraída e absorta dentro do ecran sinto a sua presença.
Hoje obriguei os olhos a fixarem alguma coisa de diferente. No espaço entre o dentro e o fora, havia qualquer coisa esparrameirada contra a parede; alguma coisa porque não se vê a cabeça, mas o corpo está todinho.
Levantei-me e fui espreitar: é o corpo dilacerado de uma osga que ficou presa quando as portadas foram fechadas ontem.
Sem remédio para melhorar a vista, puxei os cortinados.
Estou de luz acesa, à espera que logo o J resolva, uma vez que a R está longe.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

o mokambo do pequeno almoço

é servido com phineas e ferb.
Estou a ficar uma conhecedora e não necessariamente fã.
Tenho particular interesse pela rapidez com que são feitos todos os inventos.
São eficazes e têm a duração certa.
Bem dobrado! Boas músicas. Desenhos e esquemas de cores apelativas.
Para me render basta que alterem os guiões e invoquem umas linhas de humor.
Idade recomendada: 8 anos.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

e enquanto uns vêem televisão

eu rebolo para andar.
Estou entupida de comida.
Tenho-me rodeado de iguarias.
Hoje ao jantar fiz crepes de espinafres com requeijão e pinhões, gratinados num molho de tomate e queijo.
Até parece comida de dieta e até devia ser.
Mas a quantidade que eu comi não é aconselhável para pessoas da minha estatura.
Tenho as paredes do estomago a resmungar.
Se a qualidade do sono for proporcional a esta sensação de enfartamento, então amanhã o meu nome é 'olheiras'.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

é mesmo ao fim de semana

que se carregam as baterias?
Então porque é que tenho a minha, abaixo do mínimo permitido?
E hoje que é segunda, costuma ser um dia que até resulta em termos de trabalho.
Onde se esconderam as frases que ensaio desde sempre?
Tenho a carga em baixo e não sei a que tomada me dirigir.

domingo, 13 de novembro de 2011

amanhã chove de manhã

Não podia ter sido hoje?
Um domingo preguiçoso?!
Vou coser o meu aborrecimento, para não clonar a segunda aos restantes dias da semana.

sábado, 12 de novembro de 2011

Fiz um upgrade

na divisão que me assegura o escritório.
Tirei livros escolares e vou 'atira-los' para as estantes de uma casa de férias (que não é minha, mas tenho chaves).
Apenas para fazer um estágio porque estou em mim que devem durar menos de uma década.
Uma recordação para se ir esvaziando com o tempo.
Tenho agora no escritório, uma sensação de amplitude, mas sei que é fugaz.
Antecipo já o seu 'cuidadoso' preenchimento.
Dou-lhe meia dúzia de dias.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

e os dados?

Do disco?
- Não sei, ficou tudo na HP. Puseram tudo novo. O que é velho ficou lá.
- Mas o disco?
- Como já lhe disse nós aqui nao temos nada. Ninguém pede o disco velho!
 - ????? E os dados? E os trabalhos??
- Ah, não sei.
- Comunique para a HP que eu quero o disco. Quero tirar os meus dados. Vou leva-lo a quem me saiba, para me dar mais explicações.
- Vou mandar um email para lá.
- Quando é que me diz? Eu preciso saber o mais depressa possível.
- Telefono-lhe quando souber a resposta. Mas tenho dúvidas...
- Eu não tenho dúvidas que os dados são meus e que posso tentar outras formas de os recuperar. Quero o disco.
- Se eles ainda o tiverem...
- Acho bem que o tenham guardado.
Vou seguir o padrão do ZM, quando as coisas com alguma empresa não lhe correm bem:
"-Espero que tudo se resolva pelo melhor, caso contrário vou dizer mal e se não disser pessoalmente, deixo recado."

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Gostei da sobremesa ao almoço

Provei duas e comi outra.
Bavaroise de chocolate com doce de framboesa, cama de ovos com canela e tartelete de pêra.
Foram as doses necessárias para conseguir aguentar o trabalho à tarde.
Ainda na onda da comida fiz um jantar com pouca estima e esqueci-me que hoje era a noite de S Martinho.
Não tenho castanhas para os festejos caseiros.
Sem água pé no meu vocabulário, bastavam-me umas assadinhas para me alegrarem o palato.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Este meio de semana

mostra-me as fragilidades do meu estado de espírito.
Estou incapaz de me concentrar e o trabalho mantém-se na forma (e não em forma).
Como se tratasse de uma roda a girar e a girar, sem nunca sair do mesmo sítio.
Não tenho o fogo da paixão no meu cérebro. Apenas o alimento quando me invado de pequenas coisas. O problema é que são tão pequenas que têm dificuldade em se afirmarem. Quem quer folhas, papeis, emails para ver, testar e corrigir e ainda por cima conseguir ser lúcida e clara?
Tenho de encontrar luzinhas de paixão e cócegas na barriga no sistema que está formatado para nos exaurir as forças.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

esta linha será descontinuada

tem sido assim com algumas das coisas que gosto.
Agora foi com a do oeste. Fiz tantas viagens ao som do pouca-terra pouca-terra em 78 rotações.
A paisagem tinha segredos que podiam ser desvendados de dentro de uma carruagem.
Não me aventurava a saltar de um lado para o outro. Era bom partir e era bom chegar. A linha não era arranjada e não havia motivações para animar o percurso que era tão demorado. Cada um fazia o que conseguia para fazer passar o tempo. Eu lia e eu dormia. Não tive muitas companhias para dar vazão às 'codrilhices'. Agora o comboio vai de partida, mas não é dali. Mantém-se o do lado ou de outro local porque dá jeito para alguns (poucochinhos). Fizeram-se estudos para confirmar decisões? Sim, mas sublinhou-se do texto apenas o essencial para legitimar e confirmar o que já se pretendia. Mesmo que o que esteja escrito seja exatamente o oposto.
E quem fala de transportes, também fala de copos, de chocolates, de gelados, de pratos, sapatos, de livros, de amizades...
Tenho outras linhas que foram descontinuadas.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

estou quase quase

a ligar o aquecimento.
Encontrei um carro com uma temperatura baixa de manhã.
Voltei a encontrar mesmo agora.
A casa já libertou os seus encantos amenos.
A luz já não envolve.

domingo, 6 de novembro de 2011

estou sem vontade

de andar a pé.
Desde que descompus o pé aqui em casa, nunca mais dei uma mini volta.
Acho que tem vontade própria.
Nem desculpas têm forma de ser encontradas.
Estou com o domingo entranhado nos ossos.

sábado, 5 de novembro de 2011

mesmo naquele fio entre o acordar

e o ainda estar a dormir, vagueei:
porque não fazem casas de banho com duas sanitas juntas?
Nos centros comerciais, restaurantes, estações de serviço ...
Não que eu tenha por hábito ir com amigas para a casa de banho. Apesar de as haver aos montes. Eu por exemplo vou com a I e nesse caso até me dava jeito.
Agora os cubículos para as sanitas têm espaços exíguos. Não há locais para colocar as malas e/ou os casacos. Penso que estes sítios que roubaram ideias aos japoneses na poupança dos espaços deveriam ser repensadas.
Que os arquitetos se inventem e não se deixem massificar. O entrem rápido e saiam mais depressa pode ter outro tipo de expressão.
Aproveitem a minha ideia matinal, por exemplo, lá boa é ela.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

faço asneira

e fico com sentimento de culpa. É suficiente para ser desculpada?
Hoje tocaram à campainha e não abri a porta.
Hoje não me apeteceu levar a I à actividade extra e ela não foi.
Comprei um livro caro e nem deve ser grande coisa.
Empurrei uma pessoa (que vi meia dúzia de vezes e com quem nunca falei) para fazer parte de lista de uma associação porque estava eu na forja e não queria.
O que me irrita mais é que podia seguir em frente sem olhar para trás, mas fico rodeada de remorsos e acabo por perder sempre, aumentando o número de asneiras.
Não se trata de um ciclo vicioso, mas de uma fita de Moebius.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

garrafa de água abriu-se dentro da mala

e molhou tudo.
O havia lá dentro? Carteira, documentos, máquina fotográfica, telemóvel, estojo, escova, lenços de papel, comprimidos, desodorizante, elásticos, cheques, chaves,...
Está tudo a secar em cima de uma mesa.
Vou ver se arranjo substitutos para outra mala.
Imprimir moderação aos quilos de coisas que me arqueiam as costas diariamente, devia ser um propósito firme, mas eu sou mole.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

o precioso liquido

deu cor de si durante a madrugada, mas só agora está a fazer uso da sua força.
Encham-se as barragens, apaguem-se os computadores de rega por esse país fora.
Poupe-se em água e energia.
Só é pena não termos uma bossa para armazenarmos os excessos.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

o que escrevo é da minha responsabilidade?

Não sei se aguento tanta pressão.
E se não vierem por bem a este terreno da net que é meu e começarem a criticar e criticar e criticar?
Os erros, as gafes, os assuntos, as asneiras, a falta de qualidade...
Estou mesmo preocupada.
Até vou dizer aquilo que vou fazer agora mesmo e que é de escrita superior: Vou tomar banho.
Isto porque não 'tuito' e não tenho cão e não sei desmontar um frango: como diziam, no tempo da minha 'mocidade', os amigos que iam jantar na festa da Comeira (e outras, até nas Cruzes havia festa).