sábado, 31 de dezembro de 2011

vou tomar café à praia

Se estiver aberta, é claro!
Ver Sol.
Fazer um Sudoku.
E, voltar a casa para fazer os fritos da passagem de ano.
Decidi sair primeiro e trabalhar depois.
É uma grande resolução.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

o acréscimo de peso

que ganhei durante este mês devia ter-me dado juízo.
Mas, não.
Dediquei mais de duas horas desta tarde num passeio exagerado pelas receitas que pululam pela internet.
Ainda não fiz nada, mas já sinto um formigueiro gastronómico a percorrer-me os dedos.
Espero que me passe. De outra forma estarei a engrossar as estatísticas e a deitar a culpa à crise.
Pois se se trata de uma forma de esquecer que ela existe.
Ora, um desejo para 2012: limitar a vontade aos doces.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

a começar a fazer projetos

para o próximo ano.
De que tamanho posso fazer a lista?
Tenho planos egoístas, passageiros, de investimento, de família, profissionais, ...
Até receio pensar tal é a velocidade das ideias a fluir.
Qual deverá ser a percentagem de sucesso para me achar agradavelmente satisfeita daqui a um ano?

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

sou mesmo dada ao fado

tenho dentro de mim uma costela enorme carregadinha de saudades.
Nem sequer aproveito até ao fim antecipando a falta que me faz.
A dualidade de quem fica e de quem parte.
Para já, replico os meus olhos, para mais tarde recordar:

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

do local onde me encontro

tiro espaço ao meu tempo e prolongo o ócio para andar um bocadinho a pé.
Sabe bem.
O tempo está maravilhoso.
Desta forma consigo comer doces e gorduras com os remorsos em lume brando.
Conhecem-se várias voltas prédefinidas: a dos 3, dos 5 e a dos 7.
Hoje dei-me à volta dos 4 km.
O engraçado foi testar a temperatura que se fez sentir no princípio, meio e fim.
Dos 14ºC passou para o 8ºC e voltou à posição inicial no final do passeio.
Só sei isto porque foi verificado à posterior com o termómetro do carro.
Tenho as costas a dizerem-me que é tempo de abrandar.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

queria ir ver a neve

mas houve gazeta no portal do tempo real.
A escolha tinha recaído no dia de amanhã, mas temos de alterar a rota do passeio.
Se calhar não fazemos nada.
É uma pena não aproveitar o sol e fazer outra coisa qualquer.
Imaginação precisa-se.

domingo, 25 de dezembro de 2011

a explosão de sol

no final do dia de Natal.

o vai vem do Natal

Acabo sempre com o friozinho na barriga e com uma sensação de vazio.
Não dei o suficiente, comprei o errado, não agradeci convenientemente, não fiz nada, descurei o lado mais quente e humano, andei de carro entre cá e lá vezes de mais, comi exageradamente, encheram-se sacos e sacos de papel de embrulho  ...
Sei quase de cor que a fórmula para evitar alguns dos erros.
Mas deve ser propositadamente que a esqueço.
Na minha magia cada um teria um presente (sem replicações), comia (sem ficar com dores de barriga), via um filme (um sucedâneo da Música no Coração), tinha a família (e/ou amigos) ao lado, a casa estava aquecida (de preferência a lareira) e na rua um frio de rachar.

sábado, 24 de dezembro de 2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

gostei do ambiente

respira-se natal aqui perto.
Passeios cheios. Lojas cheias.
Faltou a música.
Mesmo assim só hoje senti o espírito que nos preenche de magia.
Um livro e um ramo de flores foi o saldo.
Amanhã é o dia e a noite.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

subimos no nosso Portugal

estamos envoltos na bruma da estremadura.
Do frio ainda não houve tempo para que se atravessasse pela roupa dentro.
Estou à beira do caminho à espera que o espírito natalício me apanhe.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Não me darei conta de que sou repetitiva?

Escolho um dia e começo.
Resoluções de ano novo: vou começar a andar a pé.
Decidi não comprometer mais o meu esqueleto que está sobrecarregado de más posturas, de escolhas culinárias erradas e de toneladas de preguiça.
Aposto qua a falta de vontade me vai abandonar e eu vou iniciar uma vida saudável.
Não quero sair do trilho, mas estou deveras preocupada com as mesas por onde vou passar daqui a alguns dias. Repletas de colestrol, gordura e tão, mas tão apetecíveis.
Até onde a força de levar...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Quem cala o Passos?

Ou melhor, quem lhe dita as informações preciosas que nos revelam tanto da sua poli-personalidade?
Professores vão-se embora! - arruma um assunto.
Os impostos em 2015 vão baixar! - faz a futurologia própria das eleições.
Que fale de vez ou se cale para sempre.

sábado, 17 de dezembro de 2011

sem nada para fazer

podia limpar a casa;
podia fazer o almoço;
podia passar a ferro;
podia dedicar-me a tantas, tantas coisas, mas não me apetece.
À semelhança de ter um livro para ler e não o fazer e do aqui estou sem conseguir organizar a vontade.
É quase como não ter nada para fazer.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

e os serviços tendencialmente gratuitos

que passam a ser moderados por uma taxa de valor próximo aos privados.
Vejo o ensino e vejo a saúde.
As turmas passam para 30 alunos para que a pedagogia diferenciada na sala de aula seja uma realidade ultrapassada.
As consultas externas nos hospitais passam para 10€.
São 2 medidas, dois números que vão passar a diploma nos próximos dias.
Mas são inúmeras as medidas que nos tornarão escravos e dependentes de interesses privados.
Quando pensava que estávamos a hipotecar a vida do nosso quadrilátero, verifico que estava errada.
Estamos a deixar minar a nossa sobrevivência.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Devia ir madeixar o cabelo

mas não me apetece.
Não me apetece passar 3 horas no cabeleireiro, não me apetece fazer conversa de circunstância, não me apetece gastar tanto dinheiro, não me apetece ficar com dores no pescoço, não me apetece e pronto.
Desde maio que não vou.
Qual é o caminho mais curto para ficar com bom aspeto sem passar o suplício de uma ópera de secadores?

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

como se descreve o nevoeiro?

no período que antecede o jantar e a conduzir, vejo a penumbra e opto por passar por lá.
Viro as costas ao seguro e embarco no desconhecido.
E somos alguns ali no meio, vencidos pelo silêncio e abraçados pelo peso daquele sopro fugaz.
Não se adensa, é feito de um algodão macio.
Ainda a conduzir, a visibilidade começa a melhorar e deixo o pensamento por lá.

tinha decidido ir às compras

Ver montras.
Sentir o cheiro dn natal.
Comer um bolo numa pastelaria.
Deixar que chuva me limpasse a alma.
Fiz planos para o itinerário, mas não cumpri.
Deu-me a preguiça e baloicei-me devagarinho para cima dos papéis.
Tenho números para tratar.
Adiei o passeio para outro dia.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

tenho a cozinha a cheirar

outra vez mal.
Vasculhei de alto a baixo a semana passada e não encontrei nada.
Os canos foram desentupidos, o frigorífico foi lixiviado, a máquina de lavar foi envinagrada, os armários foram passados por água. Até parece que resultou.
Ontem à noite voltou. Um cheiro que se assemelha a vomitado misturado com pocilga.
É um rico postal de boas vindas, depois de um dia de trabalho.
Vou colocar um cartaz na porta da cozinha a dizer: fechada para requalificação do ar.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

é aqui no silêncio

que eu me tento encontrar.
No meio de respostas de ida e de volta, sem gastar o dinheiro dos selos que vou consumindo o meu tempo.
Se considero fundamental a organização para evitar sobressaltos e para impedir o desalento pessoal e alheio, então tenho de embarcar nesta ideia de sorriso nos lábios.
Depois de um domingo tão preguiçoso, custa-me encontrar uma velocidade aceitável.

domingo, 11 de dezembro de 2011

180 dias

de Passos de Coelho.
Acabei de ouvir agora na televisão.
Estamos muito pior do que o que estavamos e vamos ficar pior.
Eu acho-o um mau aluno.
Fraco, fraquinho.
Fomos tomados por bajuladores, por cunhas, por más decisões, por promoções de desgovernos.
Falo deste e do outro que esteve antes.
Deles só sei dizer mal.
E, se viessem os de esquerda e mais de esquerda. Não seria igual? Seria um cunho fechado. Também não vejo solução por aí.
O que proponho?!
Escolham-se os melhores, os visionários, os que colocam o interesse nacional em cima do seu próprio ou dos amigos. Os que farão história sem levar o país à decepção e aos limites do impossível.
Vão-se embora os atuais e os que estão na linha para seguir a seguir.
Se estivermos em proporção direta, o que poderei dizer daqui a outros 180 dias?
Pouco, estarei tão desiludida que me calarei por vergonha.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Por estes lados

Experimentei comer um bombom de chocolate

na perspetiva de ficar saciada.
Levanto-me, abro a caixa, fecho-a e sento-me.
Já ensaiei esta valsa 6 vezes.
É uma história que tem os tempos verbais em desarranjo.
Eu irei controlar-me.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Que as rotundas se encham de estrelas de Natal

E, assim foi.
O engenheiro A falou com o engenheiro B que delegou o projeto no engenheiro C. Também entraram arquitetos.
Decorreram reuniões à porta fechada para acertarem o preço.
Foram dias a tratar do 'assunto'. Esperaram semanas até dar início aos trabalhos.
Movimentaram os trabalhadores para os locais a modificar e em 2 dias estava tudo feito.
Ficou lindo!
Quase merecia uma placa comemorativa antes da geada arrasar as flores mais típicas desta quadra.
É uma empresa privada a tratar de assuntos que deviam ser mais municipais.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

está o tempo perfeito

para me dedicar às folhas, aos papéis, aos documentos, aos afazeres.
Não está quente, não chove, não há brisa.
Condições criadas e a vontade caminha ao largo.
O silêncio da tarde obriga-me a contornar a mesa onde estão depositados os deveres e a sentar-me no sofá.
Estou numa luta interna e quase adivinho quem vai ganhar: um remoinho de remorsos a aumentar com o escurecer.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

se eu tivesse pontaria

teria acertado hoje de manhã numa testa.
Estava munida do projetil certo e de tamanho apropriado.
O visado não se apercebeu desta minha vontade. Mas, o meu olhar e a simulação de intenção foram presenciados por cerca de dúzia e meia de amigos.
O meu braço e pulso são dotados de vontade própria e, não avancei.
Houve alguns esgares de quase incentivo.
E, o motivo? Pois, seria por utilização indevida de instrumentos eletrónicos.

Estou sempre em pulgas

Tenho bicho carpinteiro.
Tenho molas no rabo.
Sou a conjugação da impaciência tornada verbo.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Encontrei a H

que se reformou o ano passado.
E o que faz para se ocupar?
Lê, passeia, compras, ioga, concertos, filmes, aulas de dança...
Estou a deixar passagens menos boas, mas verifiquei que festeja todos dias.
Estava com um sorriso lindo.
Os dezoito anos que nos separam estão todos acumulados na sua energia.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

tenho o sol

em cru a cozer-me a alma.
Apanho os raios de uma janela de trabalho, à qual volto duas vezes por semana.
Ao longe está o mar e vejo também a copa de uma amoreira.
Entra no jogo das escondidas e derrama o quente por esta sala dentro.
Hoje deixo-me ficar pachorrenta.

domingo, 4 de dezembro de 2011

sentada a ver o estado de graça

Se calhar no intervalo mudo para a casa dos segredos.
Quero ver se a sósia do Manuel Marques continua com os disparates costumeiros.

sábado, 3 de dezembro de 2011

hoje no sítio onde acaba a terra

O almoço teve a batata doce como tema principal.
Estes recortes cheiram a mar.


Tenho de criar espaço

para ir ao cinema. The debt parece-me com o peso adequado. As pequenas imagens que vi sugerem-me que o dinheiro do bilhete e das pipocas é um bom investimento. Por outro lado também quero ir para as sagas dos desenhos animados. Todas as semanas ouço falar de algum. É uma vertente que me atrai.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

estou a fazer um périplo

para enfrentar a dura realidade: já não tenho pedalada para trabalhar noite fora.
Bateram há pouco as doze badaladas e eu já procuro refúgio nos canais de televisão que transmitem doses industriais de publicidade.
Continuo a achar que consigo fazer mais do que consigo. É mentira.
Todos os dias é mais mentira.