sexta-feira, 30 de maio de 2014

para não variar

há datas incompatíveis.
Como não se supõe abertura, jogo de cintura do outro lado prevejo que vou ter de me desdobrar.
Tenho medo de me alargar em incomaptibilidades.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

No dia da espiga

voltamos ao mesmo sítio do ano passado.
Deixamos que o J apanhasse todos os componentes certos do ramo.
Claro que com indicações nossas.
Mais para a direita, daquele lado a espiga de trigo é mais bonita.
Na volta, mesmo a chegar a casa, o J veio com um bicho extra nas pernas.
Daqueles que dão uma febre danada.
A comichão ainda não me saíu da cabeça.

ler mensagens privadas

é um assunto delicado.
Dou por mim a sentir-me tentada.
Dou por mim a vigiar-me para me controlar.
Acho que há mensagens que não podem ser lidas e há outras que têm obrigatoriamente de ser lidas.
A divulgação de cartas privadas de outros tempos fez livros famosos e eu também não tenho pretensões de dizer nada.
Haverá dimensão certa dos erros cometidos e dos que vamos cometer?
Por agora, passo.
Mas outros momentos levar-me-ão à encruzilhada: do leio/não leio.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Aproxima-se o final de maio

vai da mesma forma que chegou, sem fazer barulho e sem dar hipótese de o guardar aos bocadinhos.
Encontrei-o em 2 ou 3 minutos e depois voltei a baixar a cabeça e ele passou-me por cima.
Tenho pressa e ando à pressa.
Falta-me o sabor intenso e o cheiro do mês das flores.
Vou à espiga na quinta-feira pode ser que me encontre e me reserveos minutos que me faltam para uma hora completa.

o prazo é para amanhã

e hoje estou a divagar.
Ver viagens dos outros.
Ver televisão.
Ter sono.
Comer pastilha.
Não é do meu feitio ser assim, mas hoje sou.
Amanhã não tenho fuga nem ponto de escape.
Tem de ser!
Hoje é que não.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Exames e provas finais

durante o período de aulas, devia ser proibido.
O idiota que propôs esta data devia açoitado verbalmente durante diversos dias pelos professores, alunos, pais e encarregados de educação afetados.
E quem aceitou a ideia?
Para esses (deve ser uma equipa de iluminados) a minha sugestão não poderia caber em duas linhas nem em palavras simples.



os direitos e deveres de um casal

estão mal distribuídos.
Estão à mercê do mais forte.
Ou podem estar à mercê do que mais ganha.
Ou podem estar à mercê do que tem a desculpa mais eficiente.
Há uma sensação de fraude nesta vivência pouco partilhada.

e amanhã é Sábado

dia sonhado ao longo de toda a semana.
Numa reza interior, vou enchendo o dia com afazeres e trabalhos e esqueço-me que preciso dele para me retemperar o corpo, para me fortalecer para a semana.
Sendo hoje sexta, já o vejo tão sobrecarregado que não me agrada.
Deixar o Sábado à solta, preso ao vento sem direção é um desejo adiado.

sábado, 17 de maio de 2014

o senhor pequenino

mesmo pequenino, careca, barrigudinho, tem cara de sonso e vai fazendo a vida, solteiro, caminhando seguro no meio das palavras que não lhe são favoráveis.
Faz um trabalho medíocre e pronto, é assim. Porque só tem esse tipo de material. Já não se fazem coisas de antigamente.
Em vez que haver um aumento no cardápio dos vidros, fiquei a saber que se esumaram todos à exceção de dois. São os que ele tem.
É tão poucochinho.
E eu também sou porque deixei ficar uma coisa que não aprecio.

Uma extravagância controlada

A ida ao shopping proporcionou uma atribuição de 20€ para a compra de uma/duas t-shirts naquelas lojas que têm vestuário em conta.
Meia hora mais tarde, descobri que nem roupa nem dinheiro.
A nota desapareceu por entre os bolsos dos calções.
Uma contribuição extraordinária para o gelado do sortudo que a encontrou.

os painéis solares

estarão à altura dos desejos de poupança misturados com um mundo mais ecológico?
Contas feitas e uns orçamentos mais tarde, a decisão teve hoje a sua fase de conclusão.
Telhado acima, telhado baixo.
Telhado acima, telhado abaixo.
Ficam alguns receios.

a minha voz interna

não me diz palavras sensatas.
Ouço-a a proferir palavrões e a desferir impropérios em todas as direções.
Foi uma noite dormida aos bochechos.
Não que houvesse algum transtorno externo.
Estava tudo concentrado em mim.
Este facto noturno progrediu em grande pela manhã e tive quase vontade de dar uns gritos.
Estou a tentar que esta atitude interna que agarrou mais umas atitudes externas, mudem de rumo ainda durante o sábado.

domingo, 11 de maio de 2014

um ex conselheiro

de um político veio dizer que os países europeus ajudados financeiramente ajudaram a banca alemã.
O nosso jogo de cintura para lidar com as adversidades é um mito porque jogamos na 2.ª divisão e não arriscamos à grande. Somos capazes de apontar o dedo, de empurrar culpas para o vizinho e dedescartar responsabilidades. Passamos de fininho como se existissemos parcialmente. Os quedisputam o 1.º lugar deste jogo económico não deixam os podres vir ao de cima e recolhem as forças nos países mais fracos, têm um excedente de caráter e dizimam sem culpas.
Os mini dirigentes dos paises periféricos sentem-se impotentes para dar a volta e acho que são escolhidos exatamente por essa faceta.


sábado, 10 de maio de 2014

hoje leio blogs

que tenho descuidado e procuro encontrar uma cara no google para associar ao autor.
Já tinha visto, mas era uma imagem sem grande expressão.
Quando encontro, sinto uma desilusão fresca porque os traços faciais estão em sítios que não reconheço e pergunto se serão marcas da idade, do peso ou da minha falta de agilidade para prever o inevitável.
É provável que seja só o curso normal da vida, mas causou-me a sensação de que o imaginário associado ao que lemos e de quem lemos é uma capa e sempre um mistério.

as empresas de raking

continuam a dar nas vistas.
Sobem e descem.
E os olhos estão postos nelas.
A era da monotorização feita à custa de números e de respostas, independentemente do seu grau de confiança.

a capacidade de produção

em noite mal dormida é impressionante.
Entre os momentos em que realmente se dorme, as ideias que surgem e os dilemas que se resolvem são em número considerável.
Sonhos soltos que se manifestam de manhã pela sensação de ter ficado sempre acordada.
Mas vai daí, e as respostas evidentes às questões resolvidas durante a noite não aparecem.
Não dormir convenientemente é na verdade, uma perda de tempo.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

200 meninas

200 crianças
estão à mercê de seres não vivos, de seres não humanos, de seres povoados podres e ninguém  consegue mexer em nada.,
Atos imundos deste mundo que tem olhos para a economia/dinheiro e que leva pezinhos de lã para tratar este assunto completamente sem assunto.
Negociar com os raptores que já fizeram atrocidades sem limites às meninas parece-me a atitude muito lenta.
Quantas semanas passaram? Quantas têm de passar?
Pois ha-de estar na agenda de alguém que tem outros trabalhos para fazer e cujo o grau de interesse é substancialmente superior.
Será possível?

Uma das situações

que mais me deixa desconfortável, um eufemismo simples para designar um coração cheio de outras ideias, é procurar a disponibilidade dos outros para os seus e não haver.
É um sistema de one way direction que me começa a afetar para lá do aceitável.
Uma pequena brecha no serviço ocupado e é logo atacado para lá do espaço disponível.
"Porque eu trabalho" é uma frase batida que não se conjuga com o sentimento doce do Sérgio Godinho, mas antes com a leitura fria do primeiro dia das nossas outras vidas.

sábado, 3 de maio de 2014

vi uma mão no ar

e respondi porque pensei que fosse um aceno para mim.
Este foi o mote de um poema que  Rita Maria encontrou para embelazar a música da Paulinha.
Dois nomes do Jazz que eu conheci ontem.
Também houve um poema do Pessoa e do Catano Veloso.
Fiquei a saber que o aspeto com que a Maria Rita sente a música e os trejeitos de olhos fechados são ao meu estilo. Dito em duo, pela I e pelo J.

o caril do almoço

chegou ao jantar.
Houve cuscus pejadinho de legumes salteados,  a acompanhar.
Mas, no final do jantar, foi uma taça de chocolate derretido com pera e morangos que fez faísca.
Foi uma delícia que me encheu a alma e me adoçou a boca.
Lambi o prato, indiferente às críticas.
Fiquei suja, mas também me deixei ficar.
Vou prolongar o momento das marcas até lavar os dentes.

e passou outra semana

sem que o tempo se tenha multiplicado.
Ter obras em casa é sempre um gosto.
Adivinham-se acrescentos solares.
Ontem foi uma noite boa para fugir de casa.
Ouvir música num teatro de meados do século XIX.
Foi intimista e diferente.
Ponto alto da semana e acho que do fim de semana.
Estou em maré de não aproveitar o tempo.