sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Copy paste de um email acabado de enviar



Passei em Vale das Beiras e perto de uma piteira gigante e sem figos, estava uma mula velha presa, com um ar cheio de bom senso. Junto dela, um homem que se apresentou como João Pires trazia um braçado de garrafas de vinho e colocou-as na seira da mula. Comprei-as. Eram meia dúzia e foram roubadas às promoções de uma grande superfície e pareciam prontas para serem confrontadas pelo palato de quem tiver a sorte de as provar. Parecia-me pera doce, mas entendi que podia ser um erro porque da região de onde vinha e para onde ia, não havia hipótese de acertar logo à primeira. A ver. Segui para Vila Ruiva e presumi que oferecendo à pessoa sempre certa não havia hipótese de me enganar.
Descobre os nomes dos vinhos. 


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O Sol de Outono

está presente aqui na terra.
Depois dos estragos e temporais pelo país, com casas, culturas e estradas a precisarem de muita atenção, reparo com agrado a chuva se esqueceu de descer.
Ainda estou presa ao chinelo de enfiar no dedo, à camisola de manga curta e aos calções.
Se tivesse responsabilidade no tema, haveria chuva em situações controladas e principalmente em noites de insónia.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O que faz uma mulher

quando o marido chega depois de 2 dias a trabalho, fora?
Espera por ele, com um tacho de comida quente e ouve o que se passou durante os 2 dias.
No entanto, na hora normal para ir para a cama, deve evitar ir e tem de continuar a ouvir o marido e deve fazer-lhe companhia enquanto vê um bocadinho de televisão.
Qunado esta parte não ocorre porque o cansaço supera as saudades, tem de rever as suas prioridades para o dia seguinte e bebe um café já fora de horas.
Essa mulher passa a noite seguinte em branco, rodeada pelos roncos altos que inundam o quarto porque não passou o pente fino da oportunidade e já não há retorno.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

eu sou responsável

por não me mexer.
Eu sou responsável por me esconder na cozinha.
Eu sou responsável por me perder em programas de televisão.
Eu sou responsável por ter uma preguiça imensa em fazer exercício físico.
Eu sou responsável por me deixar andar.
Continuo à espera do momento oportuno para mudar.

sábado, 20 de setembro de 2014

Uma onda no facebook

pôs-me a pensar nos 10 livros que li e mais me marcaram.
Num primeiro momento achei o processo fácil porque só teria de me lembrar de 10, mas depois veio a revelar-se mais complicado porque tive de escolher.
Depois da lista publicada, li-a a acabei por ficar desapontada por ter incluído uns e me ter esquecido de outros autores. Depois fiquei ainda mais desapontada por ter uma lista velha, com referências ao passado, cheia de mofo. Este último sentimento provém de um vício que perdi (ou que me esqueci).
É o sentimento de um tempo que foi ultrapassado e do qual tenho saudades. Depois desculpei-me com a falta de tempo e depois vi que a culpa é da preguiça que me invade e me leva a ver programas de televisão fraquinhos ou a estar com um computador nos joelhos, mesmo sem estar a trabalhar.
Polir hábitos modernos e recuperar alguns dos velhos, podia ser o meu lema mais imediato.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O Crato aceitou

que a fórmula para o cálculo da graduação dos professores estava com incorreções e propíciou muitas injustiças. Pediu desculpa aos professores, às escolas, aos alunos, aos encarregados de educação.
Mas não saíu. Mandou embora um diretor geral, com carta assinada pelo próprio a dizer que assumia sozinho a culpa.
A assinalar mais um ponto alto da 5 de outubro está o desmantelamento do projeto dos testes intermédios que já festejava 10 anos de idade.
Deixem a escola sossegada, não a ponham com a cabeça a prémio.
Estamos a degradar a educação para defender o quê?
Gostava que o homem tacanho que lidera esta transformação tão negativa fosse embora ladeado pelos seus subditos tão cheios de si, no alto da sua pequenez.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

ser cidadão em Portugal

custa 3€ por ano.
Haverá alguma justificação para que seja necessário renovar o cartão de cidadão com uma periodicidade igual à instituída? Sim! Os 15€ que entram nos cofres do estado por se fazer um cartão que mantém os dados iguais e ainda obriga a uma perda de pelo menos, uma manhã de trabalho.
E, nas lojas do cidadão não é mais rápido? Pois no dia em que fui tinha 67 pessoas à frente. Não sei se será um número agradável sabendo à partida que a maior parte das pessoas tira mais de uma fotografia, escreve mais de uma assinatura e ainda a máquina não consegue ler as impressões digitais.
Não consegui fazer uma estimativa, mas anda pelos 15 minutos, o tempo dispendido por uma pessoa normal. Sem grandes complicações, nem alterações para fazer.
E, se alterasse a revalidação para de 10 em 10 anos? Não seria mais cómodo e agradável para todos?
Será que ainda se atribuem "qualidades" como viatlícios?
Haverá gold cartões de cidadão?
Cartões de exceção?

Dia do sim ou do não

na Escócia.
Devem estar muito divididos os escoceses.
Os que votam sim, têm dúvidas.
Os que votam não, têm dúvidas.
As televisões do reino unido estão a falar nisso a toda a hora.
Entrevistaram um pai que disse que o assunto não era discutido em casa, para evitar influenciar os filhos e as suas escolhas.
Uma Escócia país, será um marco para alterações europeias (mais ou menos) profundas.
O contrário não trará nada de novo.
Eu acho que fica tudo na mesma.
Talvez me surpreenda.

tenho gosto por fruta desidratada

e para dar largas a essa vontade resolvi comprar uma máquina que (dizem) fazer esse trabalho.
A encomenda já foi feita. Resta-me aguardar.
Já me imagino a fazer frasquinhos muito bonitos e cheios de fruta deliciosa.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

E depois da férias?

A verdade é que durante a época em que o trabalho se transforma e se governa de forma diferente, não me apeteceu abrir o email, ler blogs e escrever.
Ponderei (e ainda o faço) em deixar em branco a biqueira larga.
Acho que é a falta de perspetiva que me estão a empurrar para esta fase.
No entanto, outra parte de mim acaba por dizer que faz bem desabafar no coletivo, mas assumo que não consigo ser eficaz e desenvolver umas frases diárias.
É uma via a trilhar que não vejo a luzir, apenas a piscar.