quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ter a cama

quente, aconchega-me.
É um porto seguro.

quando dou por ela

já passou o tempo de uma semana.
Carregada de datas e de atrasos e quando penso que me posso dar ao luxo de dois dedos de sossego, surge sempre um dado que não registei no devido tempo.
Entre correrias.

domingo, 27 de janeiro de 2013

O banho

nas águas frias de janeiro teve lugar de cuecas, mas eu não aderi à coragem dos mais fortes.
Também não desci a duna.
Mas, fiquei com o cheiro na alma.
O Martinhal estava cálido e doce.


ontem

o por do sol chegou pintado:

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

vou fazer-me a um sudoku

Estou viciada.
Um livrinho que me persegue e permanece na minha mala.
Tenho de o acabar em breve.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

A dor no olho

começou a semana passada.
E pica.
E não vejo nada.
Só estou bem quando estou a dormir.
Já gastei um frasco de gotas.
Não passa nem melhora.
Vou ao médico.
Venho do médico com uma pestana na mão.
O olho já não pica.
A minha família é assim.

domingo, 20 de janeiro de 2013

chegue-se sra.lareira

faça favor de entrar sra. televisão
acomode-se sr. sofá
sintam-se em casa
porque hoje o dia está feito assim.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Sou tão jeitosa

a enfeitar bolos que hoje ao acabar um bolo de aniversário quase me apeteceu colocar as velas na gelatina que ainda não solidificou.

estou acompanhada

pela insónia.
Desbaratei ideias na cama e resolvi levantar-me para as listar.
Liguei a televisão e reparei que não há grande diferença no antes e no depois da 1 da manhã.
São os mesmos temas, os mesmos programas e repetições sem fim.
Comi porque pensei que seria uma causa provável.
Liguei o computador e fiz-me aos sites de bisbilhotices, não encontrei nada que me desse jeito para evitar este meu estado.
Esqueci-me de listar as ideias.
Tenho de ir lavar os dentes outra vez e fazer-me à cama.
Entre o vira e o não vira pode ser que encontre o sono na esquina.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

avisos do correio

são obra de um idealista que obriga a presença do destinatário na loja para o levantamento.
Já não aparece local para assinar nem para indicar os dados pessoais.
Tenho de me desdobrar em duas para ir porque não é possível delegar em ninguém.
Preciso dar indicações à carteira (femino de carteiro) dos locais onde me pode deixar os pacotes mais volumosos.
Atrás do vaso da entrada, por exemplo. Ou, até debaixo do tapete. Aposto que sou a única com estas ideias.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

um colar

com uma cruz pode ser motivo de discriminação.
Inventem-se novos símbolos.

a entrevista

que está a causar furor no Estados Unidos é a que Oprah fez ao Lance Armstrog.
Não se sabem detalhes porque apenas é transmitida daqui a uns dias, mas a Oprah veio falar um pouco das duas horas e meia de conversa intensas que os esgotaram a ambos.
Pelos vistos o ciclista não se preparou para a entrevista e de alguma forma a entrevistadora ficou esclarecida com as resposta que foi obtendo. No entanto pelo que vi, notei algum desalento na sua expressão. Estão todos à espera que Armstrong tenha sido manipulado, induzido e seja inocente das inúmeras acusações que lhe fazem (fizeram), mas provavelmente não foi nada disso.
Especulações à parte, é melhor esperar pela entrevista.

domingo, 13 de janeiro de 2013

estás a descansar?

- Sim!
A I tocou-me com dois dedos na cabeça e movimentou-os lentamente por 3 segundos:
- Estou a fazer-te uma massagem aos neurónios.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Esmerei-me ontem

no cumprimento impossível de uma lista interminável.
Não foi na íntegra, mas foram escolhidos os mais importantes.
Hoje abandonei-me, esparrameirei-me sem tirar pleno partido disso.
Vou continuar nessa solidão acompanhada pelo Tito Paris na rtp2.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

já começa a lista

que terei dificuldades em cumprir.
Vou começar pelo item mais fácil para me sentir feliz com a sua concretização.
É como se fosse quebrar o gelo.
Para ser mais pragmática posso dizer que essa lista inclui todos os passos que tenho de dar e para os quais o tempo é escasso.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Devia dar por terminada

a época da castanha, mas não me apetece.
Este foi um ano de exceção para este fruto.
Gordas, doces e sem bichos.
Tem o senão do preço e o senão de apenas as encontrar num supermercado longe de mim.
Talvez este fim de semana já não haja.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Num refeitório

com as tigelas da sopa já colocadas na vitrine, cada pessoa pode despejar o conteúdo da tigela que tirar para outra ao lado ou então enche-la mais com uma tigela mais abastada, dependendo da fome que tenha.
Esta ação não chocou as pessoa que ouviram esta descrição. Houve inclusivamente uma pessoa que admitiu dar esse conselho a terceiros para evitar desperdícios.
Qualificar esta medida parece-me desnecessário, mas é provavelmente uma limitação da minha parte. E, então o prato principal? Não há sobras por aí? Qualquer dia ouço dizer que tiram e colocam batatas em pratos alheios.
Nada que afronte os mais higiénicos.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

deixar legados

é deixar bocadinhos de nós espalhados.
Já não sou só eu que gosto do jogo das minas.
Não será um gosto nada convencional, por ser pouco educacional e bastante viciante, para transmitir a uma criança?

domingo, 6 de janeiro de 2013

optei por não comprar

e fiz bolo rei.
Segui os passinhos da receita e todos os ingredientes foram bem pesadinhos, mas ficou a saber a pão e nem é um pão delicioso.
Ainda fiquei a pensar quando dizia 70g de açúcar e 400g de farinha, uma discrepância destas faz desconfiar.
Mantive o rumo e agora vou esperar que fique duro, vou torra-lo e come-lo com manteiga.

Compro ou não bolo rei

Ontem fiz mini croissants de chocolate e de abóbora com requeijão. Acabaram-se meia hora depois de terem sido feitos. Doces nesta casa são devorados à velocidade à da luz. Mas dia 6 de janeiro tem a mística do dia e merecia ser referenciado com um bolinho cheio de nozes e amêndoas (dispenso as frutas cristalizadas).
A distribuição de presentes aqui no país ao lado, assinala o final da época festiva no nosso país.
Diz a tradição que se devem retirar todos os adornos que enfeitaram a casa por mais de um mês. Tiro hoje ou na melhor das hipóteses no próximo fim de semana? Estarei a violar alguma regra se antecipar a coisa em 24 horas? Na terra onde vivo, o hábito de deixar os símbolos expostos vai até ao mês de Fevereiro.
Não sei em que onda me vou meter.
Até ao final do dia, logo se vê.
É muita decisão para tomar num Domingo.

Na sexta

fui ver um espetáculo de comédia.
Ri-me muito com o Aldo Lima, mas acabou-se-me o riso quando o A, me disse que eu tinha de trabalhar o meu riso.
 - É muito mau! Foi o seu comentário.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Comprei o expresso

que deixou de ser o ritual de sábado por falta de espaço temporal para o enquadrar.
Ainda só dei uma voltinha pela revista, mas o que a Clara Ferreira Alves escreve sobre criatividade narrada pela força do projeto Why Poverty? é do tamanho do mundo.

A profissão

que desejamos ao longo da vida segue contornos e caminhos que no final acabam com os sonhos e com o prazer. A I começa a dar sinais de preocupação por não saber o que quer ser. Disse-me no outro dia, que todos os dias queria ser uma coisa diferente.
Advogada como a vizinha, viajante como o pai, mas hoje decidiu que queria ser estagiária. Depois perguntou-me o que era isso.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

tenho uma processadora

alimentar muito temperamental. 
Não digo o nome, mas começa com um B.
Foi arranjada há menos de um ano e o preço final foi assustador (teve 50% de desconto, caso contrário não a mandava arranjar).
Ainda me mandaram uma carta com a insinuação que eu a utilizava incorretamente.
Pois a dita tem dado esporadicamente, desde então, erros, que eu vou debelando com a ajuda de mezinhas caseiras. Limpo tudo muito bem, com esmero e cuidado, falo com ela, um 'cem' fim de atenções. Agora não quer dar-me a temperatura que eu preciso, só deixa ir até aos 70º. Antes de almoço coloquei-a ao sol e o que disse o J:
- Tens a B em tratamentos?
E é verdade, estava mesmo, numa cura, num spa contra o stress.
Veio de lá com a temperatura que eu precisava para um doce de abóbora.
O doce está pronto e com bom aspeto.
Vamos ver quanto tempo aguenta este processo de cura.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

quando começa

o ano surgem sempre recordes a cada semana.
Cá por casa é mais o primeiro copo de água do ano, a primeira maçã, o primeiro filme, o primeiro banho como se as passas permitem-se sequenciar os lugares comuns.
Há no entanto a frase da I que inaugura a passagem do ano:
- Chegamos atrasados a 2013!
O piso molhado, a distração televisiva, a preguiça permitiram esta observação a caminho da praia.
Para a destronar vão ser necessários alguns bons momentos de descontração.