sou a rainha da gaffe

do enganos, dos erros e das gralhas.
Se vir um documento mais do que uma vez deixo de ter margem e distância suficiente para uma opinião avalizada.
Estou a entrar no reino do normal dentro desta área.
O invulgar é superar as expetativas e não ter nada que se aponte.
E quando damos o nosso trabalho a mais pessoas depois de o darmos por terminado vem sempre qualquer coisita mal feita ao de cima.
Gostava de conseguir com segurança dizer que fiz um trabalho bom sem que a sombra dos lapsos votasse a meu favor.

tenho reparado

que me têm fornecido horas de trabalho como bónus e isso não significa mais ordenado.
Tenho de estar mais atenta às chegadas para não ser apanhada desprevenida.
Logo trato disso, quando me sobrar tempo.

excesso de trabalho de casa

não beneficia o desempenho dos alunos.
Ficam de mau humor e provocam má disposição aos pais.
Entre o faz agora e faz depois há um hiato do tamanho do mundo visto à lupa de um dia de trabalho.

contava-me a I.

que quando o tema na escola é história que a cabeça não está com atenção.
Ao princípio começa a ouvir e passado um bocadinho já não consegue ouvir.
Eu entendo a dificuldade em contrariar a divagação.

hoje já não comi

uns docinhos depois do jantar.
Bem sei que ainda é cedo, mas vou fazer um esforço.
Estou a tentar ficar minimamente confortável e numa relação menos conflituosa com a roupa.

a banalização de café

Apesar de gostar de café não sou exagerada e tomo no máximo uma mão cheia deles ao long da semana.
O preço ronda os 70 cêntimos e os empregados não têm muito cuidado quando os tiram.
O de hoje foi uma dessas situações. Estava queimado.
Fiquei danada, mas armada em parva não disse nada.
Ficou lá na mesa. À espera. De ser deitado fora.

A desejar que a

sensação de sábado se prolongue 3 ou 4 dias.
Para ter tempo para fazer e principalmente tempo para não fazer.
Tenho de ser mais miudinha e diminuir o tamanho das minhas listas mentais.
É tal o desarranjo que só me apetece comer.
E não fico apenas pela vontade, tenho dado largas à imaginação e são muffins, bolachas da hello kitty, batatinhas fritas camponesas com rebuçados do lidl. O peixe do almoço coube-me grande parte a mim, não sabia qual era a tecla de parar, e pão e muita saladinha.
O jantar não devia ser. Devia aguardar pelo dia de amanhã, mas não tenho força para contrariar vontades.

a imagem dos japoneses

de máscaras na boca por causa da poluição devia ser adoptada por cá.
Não falo especificamente da poluição, mas da quantidade de poléns que invadiram o nosso país. Não sei quais são as espécies que estão a obrigar-me a esfregar os olhos com tanta insistência nem o que me provoca comichões e um peso variável na cabeça, mas agradecia que se fossem embora. Caso contrário sou obrigada a munir-me de um paninho branco para a boca sempre que abrir uma janela. Invente-se um colete refletor que impeça a presença de poléns num raio de 2 metros e eu compro logo meia dúzia.

do meu ponto de vista

O sr. ME está a minar o seu ministério.
Não é só uma tentativa, mas uma vontade férrea de provar que o que foi feito até agora estava errado. Que os exames e testes vindos do seu reino eram fáceis e nivelavam por baixo.
Qual é a minha ideia?
Que no espaço de 4 anos, os alunos portugueses vão evoluir muito favoravelmente, começando este ano por colocar as cobaias a esgrimir exercícios de complexidade superior ao que é esperado nas faixas escolares onde se encontram. Não contente com o facto, a extensão dos testes é exagerada e não permite que o aluno tenha momentos (muito precisos) de hipóteses e de tentativas.
Frusta as expetativas e condiciona as entradas na unversidade.
Mas é só este ano e o próximo. Vai melhorar (com toda a certeza) porque as políticas aplicadas daqui a 2 anos vão surtir o efeito necessário e os professores estarão muito bem preparados.
Desculpe? Ouvi falar em formação?

uma sala cheia

para assistir a uma peça divertida.
Não teve o impacto da primeira vez, mas foi igualmente cativante.
Três very british atores fizeram um filme de ação com tiros à mistura e tudo.
Houve momentos de slow motion, de correrias em taxis e de cantorias.
Ingredientes adequados à faixa etária envolvida.

à espera

não de Godot, mas da melhoria das condições climatéricas.
Para deixar o casaco em casa e usar sandálias.
Também não quero o excesso porque fico espapaçada e sem vontade de trabalhar.
Estamos na primavera e as oscilações são o prato forte das temperaturas.
Não deve faltar muito para a roupa começar a ter laivos de inteligência.
Estou a pensar em semelhanças com as casas inteligentes. Daquelas que baixam as persianas automaticamente quando o sol está muito forte. Imagino camisolas tipo fotogrey (conceito tão usado na década de 80). De manhã são compridas e de malhinha e à hora de almoço arregaçam as mangas automaticamente e passam a ser de algodão. Também as cores vão mudando consoante a disposição do proprietário e o cheiro é sempre impecável porque não há pingo de suor que lhe chegue.
Fazia já aqui um croqui e no espaço de 2 dias chegava a famigerada camisola solicitada a uma empresa portuguesa online.

na quarta vou ao teatro

todo falado em inglês e com muita mímica à mistura.
Não vou levar um dicionário nem tradutor.

chuvinha dominical

tem uma missão especial.
Obrigar-me a desembrulhar uns trabalhos adormecidos.
Se houver um raio a espreitar tenho de o esconder para não afetar a minha extraordinária força de vontade

a minha vida familiar

está indexada a pontos.
Pontos de bónus caso alguém faça alguma coisa extra.
Semelhante a vidas suplementares num jogo.
Normalmente aparece uma música irritante que dá uma ideia ilusória de se dominar o jogo.
Às vezes os jogos entram em ritmo cruzeiro e outras vezes começam a surgir luzes a piscar em sinal de perigo.
Ainda bem que vejo nisto uma parte lúdica. Ficaria mais aborrecida se os câmbios dos pontos estivessem relacionados com os mercados financeiros.
Não conseguiria sair do buraco da recessão.

estou a habilitar-me

a uns toques.
Só esta semana e no mesmo cruzamento me atirei sem tomar atenção.
Duas buzinadelas! Das fortes! E com toda a razão!
Tive vontade de apitar a mim própria.

o dia foi dedicado

a minudências.
Entre o acordar e o jantar deixei levar-me pelo acaso devidamente preparado por mim.
Obriguei uma ida ao cinema e uma viagem ao supermercado.
O filme, fiquei a saber antes, não era muito adequado às idades de quem foi.
Ainda pensei em desistir, mas levava algum tempo a encontrar o substituto ideal.
Já passou a espiga e não foi hoje que fizemos um piquenique.

As simulações são sempre

fantasias e ninguém tem por hábito leva-las a sério.
Não sei se conseguem prevenir tragédias, mas caso sejam bem executadas, pelo menos podem sugerir métodos alternativos.
Eu sou a favor dos testes, das experiências e das simulações.
Hoje quem comigo participou numa simulação esteve a rir, a jogar e nem tomou atenção.

não fiz almoço

comi um croissant, 5 bolachas e uma banana.
Estou a abrir a boca desde que me sentei em frente ao computador.
Duplico letras, omito outras, estou a demorar o triplo do tempo.
Teria sido mais agradável sentar-me no sofá e perder-me um horita pelo sono.
Ainda me passou pela cabeça fazer isso, mas não seria capaz de me levantar para ir trabalhar à tarde.
Vou aguadar serenamente (e com os olhos embaciados por abrir a boca) que durante a tarde esta sonolência dê de frosques.  

8 da manhã

28 graus. O carro às 13:30 ao sol marcava 38.
Quase custa falar e respirar.
A concentração é uma cena que não me atinge.

Inaugurámos a época balnear

Chegamos à praia às 5 e estava compostinha.
O Sol estava muito quente e 3/4 fizeram o gostinho ao dedo e deram um mergulho no mar. Quem não foi tem preferência por temperaturas mais elevadas. Tem sonhos de águas bem calientes. Daquelas que obrigam a ficar o dia inteiro dentro do mar.
Duas horitas e o corpo ficou apreguiçosado.
Tão próximo de ficar de costas voltadas para a tábua de passar a ferro, esta noite.

deram-me a Happy

ontem, depois de abastecer o carro. Acho que é política do mês de maio.
Dei uma vista de olhos pelos descontos nos restaurantes, hotéis e massagens.
Apeteceu-me experimentar umas quantas loucuras, mas centrei o meu pensamento nas massagens. Para além das sensoriais fixei-me nas que prometem reduções nas coxas e na diminuição da celulite.
São preços proibitivos com séries contínuas de 'tratamentos'.
Sou tão dada à casca de laranja que no espaço de alguns minutos me vi envolvida de atenções e liberta da flacidez com crateras.
Saí do caminho das massagens e entrei no dos cremes. É mais do meu campeonato.
Hoje fui à farmácia comprar um. Caro, muito caro.
Depositei-lhe grandes expectativas.

Panna Cota

atirada ao lixo.
Fomos 3 ao restaurante e gostámos de tudo.
Já para a sobremesa pedi, feita conhecedora nata, uma panna cota.
Ninguém gostou e também ninguém teve coragem de arranjar uma explicação para a pergunta inevitável da empregada.
E, pronto lá vai disto.
Arranjou-se um guardanapo e pespegou-se lá dentro com a sobremesa.
Depois o A. levantou-se e ainda percorreu alguns metros à procura de um caixote do lixo. Está agora, de certezinha, a engrandecer a ementa de todos os pequenos vizinhos do reino animal que têm habitat próximo.

que calor!

acabemos com o tempo primaveril esta semana, passemos já para o verão para não perdermos tempo.
Sapatos com ou sem meias atropelam-me as ideias logo de manhã.
Manga curta ou manga dobrada não cria indecisões.
Tiro cobertores agorinha ou espero pelas descidas dos termómetros da semana que vem.
Vou deixar o pó amarelo assentar porque esta segunda fornada está a ser mais forte e depois mudo o meu botão cerebral para modo verão.

quando penso

que me posso dar ao luxo de vegetar em frente à televisão, surgem os imprevistos criados por geração espontânea.
Eu tenho um papel primordial por me cairem no colo algumas tarefas para ontem. Logo eu que não trabalho bem under pressure.
Quando tiver de aparecer vou tentar ser tão discreta que nem a minha respiração se ouça.

Nós somos o que comemos

e eu sou pouco racional.
Venham até mim docinhos, batatinhas fritas, panadinhos, salgadinhos e gordurinhas de toda a espécie.
Acrescente-se uma pitada de falta de senso, horas desencontradas e a sofreguidão das 18:00 e sou eu própria queapareço. Se não houver tempo para cozinhar o retrato ainda é mais fiel. Desfilam pacotes de bolachas, pão com tudo e latinhas do que estiver no armário.

o dia que teima em correr

Entre o acordar preguiçoso e esta hora da molenguice decorreram 2 ou 3 minutos.
Foram tão cheios e intensos que permitiram que não conseguisse cumprir os objetivos pretendidos.
E como me posso penalizar? Continuo o que não fiz pela noite dentro ou deito tudo dentro de um saco e espero por amanhã?

a imagem não faz jus ao sabor

 

Também me dei ao açúcar

depois da R ter feito um bolo que lhe custou um arrepanhar lindo no dedo, decidi também eu dedicar-me às sobremesas.
Foi a saladinha de frutas, arroz doce especial e um bolo de iogurte com sementes de papoila.
O arroz doce, menos doce que o habitual leva cubinhos de manga, coco e pistachios (a repetir).
O bolo de iogurte não teve oportunidade de ser provado.
Tenho que colocar limitadores televisivos aos programas culinários.

tenho metade da boca

fora de serviço.
Está para manutenção desde as 10:30.
Aguardam-se horas mais amenas.
Tenho muita mão d'obra lá dentro.
O que eu gosto disto!

O Grito

da natureza vale 91 milhões de euros.
Munch antevia uma geração inteira cheia de encolhidos.
Este quadro visionário vai ser escondido.

ação de sensibilização

Hoje evitei o supermercado do dia de ontem.
Fica mesmo a calhar, no tempo e no espaço, mas não fui lá.
É a minha ação de revolta contra uma técnica de publicidade que nos vai custar tão caro.
Uma lavagem cerebral de massas.
Onde cai a factura?

Afinal o entusiasmo

esmoreceu. As boas ideias saltaram fora do barco. Navegaram para outras águas.
Foram com o descanso do feriado.
Fugiram às cavalitas de alguém.
Saltaram das letras do teclado e alojaram-se na terra do nunca.