terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Estou no barco que

vai até Pi.
Vou ali ao lado porque já é uma tradição do 25 mais importante do ano.
Para os gregos será essa a letra mais importante e para os matemáticos também.

O tamanho da língua

foi a desculpa descoberta pelo J para justificar o seu formato de empada de galinha.
Tem a marca dos dentes porque não cabe dentro da boca.
A que trabalho se deu.

Em guerra

com as férias.
Mais tempo disponível menos possibilidade de postar.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

deixei que o descontrolo

tomasse conta de mim.
Assumo que me exalto, assumo que ajo sem pensar nos efeitos colaterais.
Assumo que gostava de me apoiar e deixar que os problemas às vezes não fossem resolvidos por mim.
Assumo que espero dos outros aquilo que penso ser o correto e não dou grandes margens de manobra.
Assumo que deixo que as palavras surjam sem medir a sua intensidade.
Sou direta.
Sou muito exigente. 
Assumo que preciso de encostar à berma e deixar que o tempo flua mais devagar.


sábado, 15 de dezembro de 2012

quando os nomes

que são apenas nomes
que são ditos sem intenção
que não tentam marcar uma posição
que não pretendem magoar
que se limitam a uma constatação
que querem passar por uma brincadeira,
podem ser uma falta de educação.
Velha!
Velha!
Velha!
Atenção ao som.
É apenas uma revisitação de lugares que seriam mais comuns se eu não me importasse de a ouvir.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

notícias

que dão conhecimento dos anos de trabalho desenvolvido pelos profissionais na área das artes são amiúde.
O cantor tal faz 20 anos de carreira, dá entrevistas e faz espetáculos.
A atriz fulana estreou-se anteontem nas telenovelas depois de 5 anos no teatro e aparece em todas as revistas.
São profissões mediáticas e cheias da magia da sobrevalorização alheia.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

após um jantar

recheadinho de grão e feijão, não deixei que a I. quase na hora de deitar, deitasse a mão a um chocolatinho Leonidas.
Irada e sem olhar para trás foi para o quarto deixando um rasto de desilusão.
Amanhã vai continuar aborrecida.
Para a compensar deixo-a comer 2 bombons ao almoço.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Vimos a origem dos Guardiões

Já quase a chegar ao final, a voz do Pai Natal (pareceu-me o Manuel Cavaco) mudou.
Mudou de tal forma que parecia o Rei Juliano do Madagáscar.
Comentário da I:
O Sr que faz a voz faltou aos treinos e foi substituído pelo senhor contínuo.

sábado, 8 de dezembro de 2012

não sou

muito adepta do programa da sic que se pode sintetizar ao que dizem os teus olhos, mas hoje tive oportunidade de assistir à presença de Júlio Isidro.
Com cerca de 50 anos de carreira provou que consegue trabalhar sem rede:
entrevistou-se a si próprio e mostrou que já não permite confusões entre delicadeza e fragilidade.

tenho gravilha

nas roldanas cerebrais.
Quero desconcentrar-me dela, mas está a aumentar de tamanho.
Ocupa-me os dados temporais e não me deixa racionalizar o momento.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Tenho de ter cuidado

a falar comigo. Estou um rastilho de pólvora.
Escolho as imagens que posso ver.
Escolho as notícias que posso ouvir.
Mas, mesmo assim a mais pequena coisa promove uma crise.
Estou a exacerbar a tempestade e a contornar a calmia.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

chegou pelo

correio um folheto com presentes natalícios solidários.
E chegou porque eu já participei.
Aproveitei para dar uma vista de olhos pelos presentes e pelos preços e algumas coisas deixaram-me intrigada:
Os presentes são para pessoas, família ou comunidades de países de língua portuguesa, por exemplo Sudão do Sul;
Em Timor uma mochila, um caderno, canetas, lápis de cor e de carvão fica por 15€, aqui em Portugal consegue-se um preço mais barato. Basta estar atento às campanhas de início de ano letivo. O mesmo se passa relativamente a uma mala com 2 marmitas, talheres, caneca e panela que tem o preço de 25€. Não estarão a empolar os preços?
A outra situação é o Brasil entrar nesta grelha de países. Eu sei que há uma cooperação com a Associação de Bispos do Brasil. Mas pelo que me é dado a entender o país está em situação económica muito mais favorável que Portugal ou não? Não ficou claro que a Dilma tem prioridades que não passam por enfatizar as relações empresariais com Portugal? Os portugueses vão arranjar redes mosquiteiras e camas de rede para os brasileiros? Quantos somos? 10 milhões! E quantos têm emprego?
No meio do atual panorama nacional este programa da FEC devia ter sido revisto de modo a responder às necessidades mais prementes.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

se fizesse parte de um plano nacional

fazer contas, os programas televisivos que fomentam as chamadas telefónicas deixariam de existir.
Uma chamadita por dia custa cerca de 20€ por mês, 240€ num ano.
Eu acho imenso.
Também acho que quem telefona não tem grandes recursos financeiros para se dar ao luxo de esbanjar essa quantia.

contentores monocromáticos

depois de ter colocado todos os papéis no "amarelo" ia deslocar-me para o "azul" para colocar uma garrafa de água.
Fez-se luz e parei a tempo.
Deixei-me ficar pelo amarelo.
Na impossibilidade de emendar o erro, visualizei o comentário que os senhores da escolha do lixo vão dizer: - Idiota!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

o número de bebés

deixados nos hospitais para adopção subiu muito este ano.
Acho que é, em alguns casos, um ato de amor superior à força de viver.
O desemprego, a crise e conjetura atual (quase parece uma palavra única, tal é a sua utilização simultânea), não permitem que as pessoas preservem o que é mais sagrado: a família.
O sentimento de amor é quebrado por falta de dinheiro.
Se o sr ministro nos tivesse este sentimento tão forte também nos dava essa possibilidade.
Divulgue o processo de adopção e  evite uma vida de mendicidade de um povo inteiro.

deixei

a I. fazer um Z.
Um daqueles mais pequenos que não interfere nem se salienta no meio dos outros.
E gostou.
Que cresça e treine e passará a substituir-me.


domingo, 2 de dezembro de 2012

A estender a roupa

hábito que executo com tanta vontade que quase coloco um cronómetro para me ir superando, durante o fim de semana, nem sempre é um momento solitário.
Nesta ação dá sempre para ir ouvindo uma ou outra palavra de vizinhos ou de pessoas que passam na rua.
O que ouvi foi: - mas o português é burro, não é não?
Vindo aqui do lado, não sei de quem, mas o sotaque tinha samba à mistura.
Apologista da liberdade de expressão e considerando que em vários momentos também eu me incluo na burrice lusa, fico lixada quando os que vêm de outros lados se apoderam dessa hipótese de nos humilhar.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Quem procura

quer achar ou prefere não achar?
Eu às vezes sondo e às vezes testo.
Sou um bocadinho despistada para manter uma ação concertada e eficaz.
Dependendo do que quero, elaboro um percurso e só depois decido se vale a pena continuar.