quinta-feira, 30 de maio de 2013

Daqui a meia hora

estou a explicar um conteúdo de absorção difícil e ainda não o mastiguei por inteiro.
Podia dizer: é assim e pronto!
Passava para outro conteúdo de digestão mais fácil.

sabes uma coisa, ó tempo?

Sabes que permites discussões (de que amanhã ninguém se lembra) todos os dias.
E do que se fala quando não se fala de ti? Pouco. Apenas te acompanham o futebol e as críticas ao governo.
Devia inteirar-me de um dicionário completo sobre meteorologia e teria assunto para qualquer eventualidade.
Agora, virem de fora, de outro lado e dizerem que não há verão por aqui, por terras lusas é que está para lá de errado.
Faço questão de avisar que discordo em absoluto com o que tem sido dito, por mais testes e modelos que tenham sido aplicados, trata-se de um embuste.
É notícia, mas é mole. Vai cair em saco roto. E, leva consigo os autores de tais ideias.

um dos jogos

infantis que joguei foi o macaquinho do chinês.
Eram saltos e passos para todo o lado.
Os gigantes, os tesoura, os de bebé e de caranguejo são os que me ficaram do rol de nomes que povoam o jogo.
Os de caranguejo eram os que se davam para trás apesar de sabermos que os ditos animais tenham é capacidade para andar para o lado.
São deste género que eu espero (com esperança que desapareçam) quando se inicia algum processo de recuperação.
São os que fazem doer, são os que entravam o caminho e nos projetam para outras realidades.
No jogo de há tantos anos, sempre que me apontavam com o dito bicho, ficava sempre a achar que era injusto (eu encontrava sempre explicação para lhe colocar esse epíteto: é minha amiga, ainda há pouco lhe dei 3 passos de gigante, deixei-o copiar os meus tpc,...). Era uma amargura ficar para trás.
Mais tarde as ordens são-nos dirigidas de vários lados e quando os impedimentos de seguir em frente surgem, queremos colar o risco que fazem com fita cola e andar, mas não é fácil.
O rasgão tende a abrir.
O rasgão deixa sequelas.
O rasgão tem ir cicatrizando com o tempo, com os avanços e recuos que eu não domino.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

- É da tua competência

a resolução de problemas do tipo A- disse eu, sumariamente.
(Depois deste cenário inicia-se um processo de resolução que obviamente tem percursos definidos.)
- Já só me faltava mais essa. Tenho resoluções dos tipos B, C e D para tratar e não tenho tempo.
O que eu entendi desta resposta:
- Esquece lá isso porque eu não tenho tempo. Entra no mundo faz de conta e não me dês trabalho.
O que eu fiz por escrito:
 - Toma lá um problema do tipo A e aconchega-te a outro, do tipo E. Estão inerentes ao teu cargo.
(dois em um, para o trabalho não azedar).

domingo, 26 de maio de 2013

vou dar um banho

e não é no cão.
É à moda do Algarve.
É para mim mesmo.
Vou investir nas bolhinhas e nos olhos fechados.
Uma lady.

um quadro sobre a praia

Ontem, ao final do dia, um café foi saboreado nestes preparos.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

de meias

Falo de meias.
Quantas são as que entram e saem da máquina de lavar numa semana?
São colocadas a enxugar?
São dobradas e arrumadas nas respetivas gavetas?
São uma hora bem medida!

devia ser da mesma idade

quando me iniciei nas revistas.
Tinham dia certo de chegar a casa e depois de almoço sentava-me nas escadas e ficava com o sol a entrar pela janela e eu a molengar.
Uma doce e calma maneira de fazer a digestão antes das aulas da tarde.
A I herdou esse fascínio pela não notícia. Pela cor e pelas vidas dos outros que povoam a nossa televisão. Agora há mais revistas do género, há mais gente que entra e sai do anonimato.
Qual é o seu momento favorito para essa leitura?
A hora da casa de banho.
Como é que escolhe as revistas?
Pelo peso.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

falaram-me hoje

de um médico, daqueles que já não tem vagas para novos pacientes, dos que se fazem pagar bem, muito bem.
É especialista.
Pede exames longe.
A cidade em que estou, visita-a pouquíssimas vezes, para aí uma vez por mês.
Pelas contas que fiz, bastava-lhe trabalhar 12 dias por ano e ganharia o que um médico ganha no público num mês.
Será assim tão excecional?
Eu e os meus ceticismos cósmicos com a classe.

Ena e já hoje é quinta

A bateria já está descarregada.
Acho que vou comprar uma a energia solar.
Pranto-me numa esplanada e só espero que os fusíveis não queimem.
Tenho de agendar esta medida.
Nem dá para respirar fundo porque o ar está de resto.

domingo, 19 de maio de 2013

Eu que já vou dizendo e não dizia

- Tira essa m....
Referia-me a um comentador que aparece na televisão, mas é apenas um entre muitos que não gosto.
A I repetiu:
- Tira essa m.... para aproveitar as palavras da mãe, enquanto posso.
O canal mudou.

Petrólis

- A tua mãe está a fazer petrólis.
- O quê?
- Aquelas coisas... petrólis.
- ... profiteroles?
- Sim.

Colocar GPS

nas coisas é uma ideia da I. que não gosta nada de procurar.

Na família dos mais pequenos

está na calha leva-los ao Psicólogo por assuntos diferentes.
A mais nova quer e não sabe ao que vai.
A do meio foi sem saber e limitou-se a estar sem participar.
O mais velho quer porque diz, com grande convicção, que tem uns assuntos a tratar.
Quem realmente precisa de ir são os do meio porque tem de aprender a lidar com os mais pequenos e com os mais velhos.
Os mais velhos já deviam ter ido.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Gostava de ter

em mim, um livro enorme cheio de graças e coisas lindas para dizer.
As palavras certas no momento certo para elevar o humor de quem me rodeia.
Quero uma varinha mágica que me torne segura e dotada da musicalidade que provoca sorrisos.
Quero ter carradas de energia para partilhar, quero ser firme e seguir sem dúvidas no caminho certo.
Quero ser um porto de águas calmas.

Mudança de roupa

a cada hora.
Escolhe-se uma camisola de manga comprida, passa-se para curta com casaco e depois sem casaco e volta o casaco, e vão calções e em seguida calças e a camisa para sweat e depois tira-se o corta vento e depois não se altera nada porque é preciso tomar uma decisão e chegar a horas.
Erra-se sempre.

uma quota

em lojas de eletrodomésticos seria o mais adequado e o melhor plano de poupança/investimento para mim.
No mesmo mês e já constam o ferro, dois aspiradores e uma impressora no rol dos destacados para reparação.
Substitutos de qualidade, por quantias apropriadas aos "troikos" que nos dão mensalmente, precisam-se.

terça-feira, 14 de maio de 2013

A voz anasalada

em tom grave, a cabeça em sons de tosse, os ouvidos entupidos, os olhos lacrimejantes são a minha lista para hoje. Estou a culpar a oliveira, mas também pode ser dos choupos.
A informação que vai chegando ao meu invólucro corporal deixa-me sem manobras de diversão.
Já testei alguns  catalisadores de melhoria, mas sem efeitos satisfatórios.

Entreténs de boca

- Andas a abusar dos rebuçados.
 Isso dá-te cabo da boca.
- Ando a deixar as pastilhas. Um substituto.
Podia ter dito: tenho de ter a boca ocupada, mas lembrei-me mais tarde.

estava um homem

à beira do passeio, de sunga e sapatos, com uma camisola branca na cabeça.
Estava ainda muito calor.
Acrescento: estava vestido de bigode e óculos escuros.

sábado, 11 de maio de 2013

o mundo das alergias

descobriu o caminho até mim.
Viaja sem destino e consegue deixar um resultado perfeito:
pingo(sssss) no nariz, espirros com aceleradores, comichões de A a Z, ...
O combate extremo ainda não entrou em ação, apenas um ou outro atacador que não permite mais do que uma noite mais ou menos bem dormida.
Vou tornar-me rebelde: sento-me sossegada, de olhos lacrimejantes a trabalhar um bocadinho, porque não se deve baixar os braços aos polens.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A cegonha

que se vislumbra é a progenitora.
No ninho estavam os filhotes a ensaiar as asas.
A fotografia não faz jus ao espetáculo.
Viram também as crias de Paris?

o dia da mãe

foi comemorado com a dança da Larisa três dias depois.
Não houve atropelos e vi o espetáculo todinho, sentada.
Esta etapa está limitada no tempo e aproxima-se a altura de mudanças.
Cinco anos começam a mostrar sinais de cansaço.
Uma a uma, saem as moças a caminho de outros espaços.
A escolha de alternativas para a I não está a ser fácil.
A ver, as hipóteses que estão em cima da mesa.

Feriado municipal

na cama até tarde.
Pequeno almoço vagaroso.
Uma preguiça no dia da espiga.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

vinha na caixa de email

uma mensagem de um colega de escola que não vejo há mais de 20 anos e que reencontrei no facebook.
Uma boa descrição minha: "apesar de não privarmos muito, eu parecia ser sincera e não emproada como as outras".
Fiquei feliz pela minha simplicidade adolescente.

domingo, 5 de maio de 2013

tenho uma simulação

para fazer.
Com base em documentos e grelhas e legislação.
Um relatório de brincar para me dar perguntas para fazer.
Não tenho vontade e apenas hora e meia para 3 páginas.
Posso sempre ignorar e fazer-me esquecida.

Poema

à vista.
Depois de uma escolha, a seleção recaíu sobre Carlos Drummond de Andrade.
Uma "quadrilha" simples que se adequa a interpretações originais.
Para se ouvir e levar para a escola.
Passei também os olhos por outros.
Por exemplo a água do Bocage.
Deve ser lido, alto e bom som.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

chocolate

tenho sonhado contigo.
Que vício que não me sai do copo.
Não tenho estofo para contrariar.
Ou me deito ou como.
Como porque não tenho sono.

reparti a vontade

e dei uma nova oportunidade a todos, segundo condições pré-definidas.
Aproveitou quem teve vontade.
Esperaram facilidades, mas tiveram uma dose do mesmo tamanho e com tipologia e conteúdos semelhantes ao primeiro.
Os resultados não são melhores.
São piores, por falta de trabalho.
Um desperdício.
Nunca é esperado, mas em situações semelhantes tem ocorrido com frequência quase máxima.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

o dia do trabalhador

é hoje!
Festeje-se (por quanto tempo? e durante quanto tempo?) o facto de termos trabalho e recebermos ordenado.
Acordar fora de horas foi o meu ponto alto.
Não prevejo nada ao longo do dia que permita destronar este hotspot.