segunda-feira, 29 de abril de 2013

ora vejam só a donzela

que seja feita a sua vontade, quando e onde quiser.
Decida de forma unilateral e aguarde que eu diga o que acho.
Acho mal.
Pois se me deixou aborrecida a semana passada, volta hoje a deixar.
E eu a deixar.

domingo, 28 de abril de 2013

o exterior de um cavalo

pode mudar o interior de um homem.
Não foi de certezinha assim que ouvi esta manhã num programa de televisão.
Mas, a ideia, que não passa por um coice dado, está nas entrelinhas do ser e pareceu-me muito justa para aqueles animais. Haverá outros bichos para outras pessoas.

será possível dizer

vou preparar trabalho de improviso?
Eu acho que estou a fazer isso.

sábado, 27 de abril de 2013

experimentei na quarta à noite

e adaptei hoje para o jantar.
Frango com morcela no forno.
Completei os ingredientes principais com maçã e gostei.
Pareceu-me bem equilibrado e aromático.
Comi bastante.
Ora lá está. os quilos não podem conhecer o ponteiro descendente.
Devia optar por fazer peixinho cozido para equilibrar a balança.

duas sobremesas

feitas em dois tempos.
Uma que gosto e outra que não.
Estou proibida de as fazer.
Fizeram-me ver que os quilos não têm tendência para diminuir.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

onde é a saída?

qual o próximo apeadeiro?
O comboio estava cheio e não consegui encontrar a porta que me levava ao ar puro, à paisagem, à liberdade.
Este 25 caseiro teve manobras de trabalho que me impediram espairecer.
Até a hora de ir para a cama acabei por perder.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

peguei-me

peguei-me com uma colega no trabalho.
De mansinho e sem arranhões.
Com diferentes formas de pensar.
Esta colega leva sempre a água ao moinho dela e talvez por isso ainda me provoque mais.
Nem vale a pena falar em validar conjeturas porque não é capaz de perder.
A opinião é a dela, a certa, a final, mesmo que isso implique alteração de planos alheios.
Mas não foi para casa completamente descontraída porque desta vez ainda me fiz ouvir.
Eu vim aborrecida.
Provavelmente não vai pensar duas vezes seguidas no assunto, mas eu ainda me atraquei ao mau humor por um bom par de horas.
Valeu-me um pão quente com nozes, uma sobremesa aromatizada com uma companhia 2/3 perfeita.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

está previsto terminar o dia

com apresentações de trabalhos.
Faz um dia comprido ficar com uma extensão maior.

Pode fazer a diferença

a forma como nos tratam.
Hoje fiz-me oferecida para almoço e aceitei as condições já decididas no grupo.
Eu queria um elemento do grupo que até se ofereceu para desistir das combinações.
Não era preciso. Eu entro no grupo.
Daqui a 20 minutos.
Decidido.
Passam 10 e toca o telefone.
Afinal são muitos.
Já está tudo preparado para comer, mas o elemento espera.
Dito desta forma, está tratado.
Deixo pensar que foi ideia minha.

domingo, 21 de abril de 2013

ferro novo

a substituir outro de igual marca e com os mesmos problemas.
Tenho de me aventurar até à loja para mudar a escolha que foi má.
Espero acertar a seguir.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

a idade vai-nos dando

outra paciência no trânsito.
Hoje, cruzei-me com uma impaciente. Furiosa comigo de tal forma, ajeitou um dedo da mão e mostrou-mo. Não foi logo porque primeiro teve de conseguir controlar o carro (ia um bocadinho descontrolado depois de me ter ultrapassado pela direita). Depois, não completamente satisfeita por ter de parar num semáforo e eu me ter aproximado, decidiu andar devagarinho para ver se eu me irritava. Eu até me irritei, mas não lhe disse.
Deixo que a matrícula me fique gravada para conhecimentos futuros.

os picos de uma cato

passaram uns calções dentro e chegaram a carne da nádega.
Eu vi o momento.
Foi um passo atrás, um ficar de cócoras, um grito.
Foi uma mão na cara para não dizer um chorrilho de asneiras.
Os calções vieram para baixo e a mim calhou-me tirar meia dúzia de picos que ficaram cravados na pele.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Depois de um sono

que passou como um sonho, e cujo fator de recuperação de energias não passou de uma miragem, dou por mim pensar exatamente da mesma forma de ontem.
Leio umas notícias no jornal e dou por mim a ficar pior.

terça-feira, 16 de abril de 2013

o lava a alma

e o faz bem ao espírito
só tem resultado se o sentimento for tristeza?
É que deu-me aqui uma raiva! Uma raiva daquelas!
Nem preciso dizer 1, 2 e 3 para umas gotas saírem a correr dos olhos.
Ainda não está definido o limite, mas está bem lançado.
Estas mensagens em código servem somente para me recordarem momentos.
Devia evitar os que me amargam.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

partir antes de chegar

este é o ponto de vista de um lado.
Do outro, as hipóteses são tão tantas que a escolha implica necessariamente recusas.
O significado deste comentário é: quero ir a todo o lado e não me deixas.
Ora, deixo! Não quero mais pesos na consciência para a falta de oportunidades que obrigo a perder.
Quando é a próxima partida?

domingo, 14 de abril de 2013

os documentos

estão mesmo à mão de semear.
Carrega-se no descarregar e já está.
O email veio na sexta de manhã e eu respondi de volta: vou dar uma vista de olhos.
Mas, não. Até ao momento estou a mentir porque ainda não é hoje.

as conquilhas

fazem escaldões.
Não as como, apanho-as.
De pé na areia e calças arregaçadas.
O almoço teve molho e muito pão.
Ficaram-me as cores do primeiro dia de primavera estampadas no rosto.

sábado, 13 de abril de 2013

os opostos

No quarto estavam 3, a passar a ferro, a tirar dúvidas e ver televisão.
Foi um momento que me entrou pelos olhos dentro e me soube tão bem; uma sensação que me permitiu não o esquecer e querer guardar para sempre. Doce!
No dia seguinte vieram outros sintomas que apenas permitem que a cabeça ande à roda do assunto.
Preferia saltar dias assim.
Sou muito má, mesmo muito má quando não controlo, não decido e tenho de esperar.
Tenho o interruptor na mó de baixo.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

preparar-me para o trabalho

Depois de deixar o computador preparado fui ligar a antena 3.
Estava a dar a hora do sexo com Quintino. Pesquisei posteriormente, que se trata do Dr. Quintino Aires.
Não sei qual é a duração do programa, mas o que ouvi hoje foi:
- Tem de se marcar num calendário a hora de fazer sexo!
E outras tantas coisas.
E tantas.
E sem tabus.
Fiquei púdica, depois de ouvir o que ouvi.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

hoje tem sido

um dia particularmente "peguento".
Palavra que vem de pegarem comigo.
Pus-me a jeito? De certezinha!
Se soube lidar com isso?
Lidei, mas à distância fazia e dizia de forma diferente
Fico sempre rotativa quando este tipo de situações de acontece.
Deixo que a minha cabeça se estruture à volta disto durante muito tempo.
Estou a experimentar em escrever para purgar isto de forma mais rápida.

terça-feira, 9 de abril de 2013

de trouxa feita

saíu de casa soltando impropérios.
Diz que se deu ao descanso, dormiu até meio da manhã e vagueou por uma localidade que soma poucas pessoas.
O jantar, basta-se de pão, manteiga e leite.
Sem internet e com poucos canais, está a abandonar-se ao antes de fazer a trouxa em dois tempos.
Uma noite já foi e a segunda vai a caminho.

domingo, 7 de abril de 2013

Não é falta de educação

invadirem o nosso espaço olfativo com toneladas de perfume?
Há pessoas que nem devíamos cumprimentar.
Obrigam-nos a carregar o seu cheiro o dia inteiro.
Até pode ser um perfume caro, cheio de pedigree, mas quando uma pessoa (com doses suaves e que se querem pessoais) se aproxima, abafa o seu odor e salta-lhe para cima apoderando-se de tudo.
É uma nausea sentida.


sexta-feira, 5 de abril de 2013

adepta de ouvir música

no carro e hoje não foi exceção.
Gostei mesmo de uma música que nunca tinha ouvido, em inglês e com a palavra mamma pelo meio.
Enquanto passava tive de parar e ir à farmácia e como fiquei um bocadinho à conversa, esvoaçaram todas as outras palavras que tinha retido. Só restou esta.
Por muito que procure na internet e no youtube só me aparecem mamma mias e afins.
A Rua não é nacional.
Foi bom e pronto!

sou muito económica

será que já disse isto por aqui?
Estou a referir-me à economia das palavras.
Não tenho por hábito esbanja-las.
Aliás tenho uma dificuldade imensa, abismal de não falar de nada.
Começa a dar-me uma vontade enorme de fugir e de sair quando me sinto obrigada a estar num espaço em que tenho de participar e já não vejo nada de interessante para ficar.
O meu corpo começa a chocalhar por dentro e quase deixo de ouvir.
Só penso: vou-me embora em 3, 2, 1 ...
Tenho a impaciência a ficar em estado máximo com uma periodicidade superior ao normal.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

ouvi hoje

uma crónica ficcionada do sr. Vitor Gaspar.
Não sei qual era a estação de rádio, mas afigura-se-me muito verossímil que ele pudesse dizer algo do género:
- Não estávamos a contar com esta mudança na hora e por isso mais cortes serão levados a cabo.
Agora o que está a falar em direto na televisão apenas diz o que já se sabe:
- A sociedade portuguesa não está preparada para as novos quadros económicos exigidos pelos mercados europeus.
O diagnóstico feito foi errado.
Os outros têm culpa.
Fez uma resenha histórica manipulada pelas politiquices do seu partido. Fraquinho!
Nem quero ouvir mais! Só falta mesmo culpar o avanço da hora para sair de mansinho.

terça-feira, 2 de abril de 2013

quando as palavras

de menor qualidade são dirigidas para os mais próximos e a quem devíamos dar tudo por bem feito, fico muito pouco confortável.
E quando se repara que traços menos agradáveis se estão a acentuar com a idade, o que se deve fazer?
Já disse o que achava diretamente.
Também já o fiz com calma.
Escolhi as palavras a dizer e outras vezes optei pelo silêncio para evitar conflitos.
Mas reparo que nada teve o desfecho desejado.
Há feitios que eu sei lá.
É um dos ingredientes que estou a vislumbrar no meu próprio almofariz da idade e que eu gostava de não usar.

já quase coloquei de parte

fazer dieta.
Estou tentada em esquecer o que é ter um corpo e devo pensar seriamente em esconder-me.
Estou votada às roupas largas que terei de comprar se me quiser deslocar condignamente fora de casa.
Um par de calças e uma ou outra camisola, são dois conjuntos que consigo usar alternadamente.
Nem esta impossibilidade me obriga a fazer contenções.
Já não se trata de chichinha ou gordorinhas, mas um cancioneiro vadio que se demora nas letras antigas gritadas pelas mulheres de todo o mundo. Entrei nele pela porta grande e não vejo a pequenina (também já cabia lá).

segunda-feira, 1 de abril de 2013

tenho inveja das pessoas que se reinventam

que não param, que não se acomodam, que não dão tréguas à imaginação.
Vou-me afogando em ideias e não saio da minha zona de conforto e não invisto na mudança e na liberdade que ela permite.
Cada vez mais medricas e cada vez mais saturada dessa minha situação.

quem me ensina

o caminho do sono?
Esta mudança da hora tem sempre efeitos colaterais.