a evitar pensar

que para a semana recomeçam as atividades.
Fazia-me bem deixar o agora entranhar-se e aguentar a respiração no entretanto.

um dia inteiro

a andar de carro.
E até podia ser para ir para férias, mas foi exatamente o oposto.
As chegadas são um ponto de partida e com este bom astral vou ver se consigo apanhar todos os ângulos positivos.

As madrugadas

têm-me oferecido passeios até à janela.
Numa foi uma trovoada barulhenta e sem pinga de água e outra foi uma chuvada monumental.
O mês de Agosto a fazer lembrar que as férias não duram para sempre.

um jacuzi gigantesco

e um por do sol lindo foram alguns dos ingredientes do menu de ontem.
Um real spa ao ar livre.

Besuntei-me de lodo

e fiquei à espera que secasse.
Dizem que faz bem às dores.
A alma gostou.
Para tirar a lama, percorre-se uma plataforma de madeira que termina com 5 degraus e chega-se a um caldo com mais de 40 graus centígrados.
O chão queima os pés.
Mas, depois sabe bem.

O que posso dizer:

já fui à Sierra Nevada.
Podia completar que esta ida se deu em Agosto.
Que não se vislumbrou neve e que parecia uma cidade do Faroeste da Disney de Paris, com quase tudo fechado.
O encontro deu-se, não com skis, mas com umas bicicletas downhill.
Até do motoclube de Faro lá estavam.
Os espanhóis fazem dinheiro à séria e aproveitam os nichos de mercado.
Adaptam-se.
Tenho ver se me fornecem umas ideias.

Uma cidade para ter tempo

é Granada.
Em menos de 24 horas houve tempo para sentir o cheiro e o ambiente,
Falhámos Alhambra porque quando estavamos na fila para os bilhetes, a voz do altifalante anunciou que já só se vendiam entradas para o período da tarde.
Pois sim!
Voltamos outro dia.

as férias deviam ser de tamanho XXL

para suportar o trabalho anual com outra cor anímica.

ontem ilha

a segunda deste ano
Bem acompanhada, com uma água do mar para lá de boa.
Uma hora de barco para lá e outra para cá.
Um sabor delicioso.

um estágio de 42

graus Celsius, disse o J em tom de prevenção.
Por aqui só se chegou a uma dezena menos.
Assim já era suficiente para a etapa seguinte.
Depois se vê.

de volta a casa

de volta!
E na volta acompanhada.
Dois dias de sol e praia e calor.
Só gostava de saber onde coloquei o biquini.
Não que seja de uso frequente, mas desavergonhei por meia dúzia de dias e queria dar cor à barriga.

quem quer ir

a um sítio que eu vi na televisão?
Ninguém se manifestou favoravelmente.
Então vamos! Disse eu na maior democracia do mundo.
Ontem foi o dia da visita e fiquei com a sensação de que foi aprovado.
Passou no exame (pareceu-me) e a I foi quem aderiu com maior entusiasmo.
O nome Amiosinho fica no mapa da região centro.

num filme

que passou ontem teve a seguinte cena:
"Marido e mulher deitam-se na cama, tarde e cansados.
Cheios de sono.
A mulher começa a tossir.
Foram umas 3 ou 4 tossidelas, antes de se iniciar o diálogo.
(Se fosse um filme galardoado, o marido tonha perguntado à mulher se precisava de alguma coisa. Mas não era)
O marido pergunta:
-Tás entupida?
A mulher responde:
- Tou.
O marido diz:
- Eu também."

espera-me um dia de praia

amanhã.
Uma praia doce.
Cheia de gente para falar.
Com poucas idas e vindas ao chuveiro e ao mar.
A assar.
Se penso que posso ler ou fazer umas paciências, tenho é de arranjar paciência porque já me foi feito o relato do que me espera.
Soube que correu bem hoje e espera-se o mesmo para daqui a um bocado.
Tenho é de tentar dormir, numa visão para além dos 3 cafés que emborquei hoje.
Caso contrário perderei a manhã na cama e a tarde a resolver-me no descanso da sesta.

na véspera

do 13 fomos ver as velas e ouvir polaco, francês, italiano...
O ar continua frio. Ali no centro do país. No local das aparições.
Têm bancos, mantas, roupa confortável com olhar de inverno, velas e uma paciência que me dá inveja.
Vejo pessoas e na noite não distingo nem sinto quais são as suas vontades e o que as move.
Vejo famílias.
Vejo silêncio que não sei se pode confundir com conformação.
Ali na calma do escuro, vejo as velas e os cânticos com outro olhar.
"Não tenhais medo" para levar no peito e escutar nos momentos de outras paragens.

Foi dia de cinema

foi de uma escolha fácil porque todos estavam convencidos que seria o Gru, o segundo.
Uma delícia!
De uma qualidade superior.
Dispõe bem. Faz rir. Na mesma faixa que o seu antecessor.
Pipocas compradas ao lado e omas e pastilhas nos bolsos.
Os apetrechos necessários para o pacote completo.
Gostei tanto.
Venha de lá a próxima tranche.
Mais um item cumprido nesta lista de férias.

A desilusão sentia-se

estava expressa no olhar.
Até com o cuidado com que escolhia as palavras e foram poucas para quem gosta tanto de falar.
Não se podia queixar de falta de aviso.
Eu estava preparada para ocupar o que me fosse oferecido, sabendo que o ano passado tinha sido diferente por circunstâncias complicadas.
 Não estava na minha posse uma decisão nem mesmo um pedido.
Este sucedâneo de lazer não será certamente igual, mas será o que dele conseguirmos extrair.

certa vez

ao cair da noite, decidi falar da falta de espaço vazio para se arrumarem os vestígios da chegada de uma viagem. Fiz bem.
Pois na volta passei a ter o mesmo vislumbre a cada regresso.
Como se o espaço pudesse ser preenchido mas de forma controlada, não permitindo um acomodar para além das margens estabelecidas.

estou a ressacar

a falta de açúcar está a empurrar uma lágrima que está com uma vontade louca de sair.
Aproxima-se um nó na garganta a grande velocidade.
Ainda se estampa se não lhe ponho um travão.

duas semanas

de trabalho e nem uma horita do dia pode ser retirada.

fui à oftalmologista

e decidi que tenho de encontrar um(a) substituto(a).
Achei que 6 minutos não é tempo suficiente para se ser bom profissional.
Parece não haver limites para a massificação dos clientes cordeirinhos.
Mesmo em rebanho vou tentar encontrar quem me mostre qualidades profissionais superiores às de hoje.

mais de 4000

participantes num congresso em Monte Carlo sobre anti envelhecimento.
Mais de 300 comunicações.
Está um sr. a falar num programa da tarde, deve ser médico.
Ácido injetável que hidrata e restabelece a perda de nutrientes da pele.
Face, pescoço e mãos.
A atitude preventiva de que falaram não lhes dava tanto que fazer.
Se calhar os bons protetores solares são os melhores condutores a estes especialistas.
Todos querem ser avós com cara de netas.

dois livros

já estão.
Entrei na fase 3 e este é mais pesado.
Em termos de conteúdo, de ritmo e de tamanho da letra.
Estou a investir neste que foi nobel na década média do século passado.
Ainda não me decidi se gosto ou não.

passou aqui à porta

uma minimaratona.
Da organização falo mal. Não se deu ao trabalho. Nem no percurso, nem nas informações, nem nos caminhos alternativos, nem na instrução aos gnr....
Filas de automóveis de horas. Carros abandonados nas beiras da estrada.
Vi corredores no meio da circulação automóvel, vi corredores no sentido contrário do percurso, vi carros da gnr a não saberem para que lado seguir, ...
Tinha no nome UNICEF e por isso ainda me custou mais. Tinha participantes de outros países.
Apesar disso, tive uma antevisão das parangonas (o J não gosta deste nome) do correio da manhã de hoje:
"Procuram-se 42 dos 142  participantes da minimaratona."
Um acesso de boa disposição.

as ideias não chegam

porque devo estar a bloquear a minha vontade.
Tenho de fazer uma receita para levar a um jantar.
Só me falta descobrir qual.
Uma com poucos ingredientes, doce ou salgada, para o princípio ou para o fim, que demore pouco tempo a fazer e seja saborosa.
A escolha é vasta.
A vontade é diminuta.
Vou sair para ir buscar inspiração.

O livro que estava na mesinha de cabeceira

no saco da praia, no carro, está cumprido.
Demorou tempo a mais, esteve quase a ser esquecido e substituído.
O autor, o Steven Saylor de outras paragens não me preencheu e foi-me penoso.
Uma parte do tempo romano até Adriano que não soube encaixar-se na escrita.
Vou esquecer-me dele já hoje.
Parto para outro.
Ainda não tenho a sequência escolhida.

comprei por obrigação

ontem entrei numa sapataria onde só entro em saldos.
Vi umas sandálias que gostei e pedi o meu número.
Uma pessoa que já lá estava dentro a experimentar sandálias pediu para experimentar umas iguais às que eu queria.
Mas como tinha o meu número, não pode ver como lhe ficavam.
Enquanto eu me via ao espelho, ela e o marido começaram a perguntar onde havia aquelas sandálias. Podia ser em qualquer lado que eles iam lá, uma vez que a loja estava sem transportadora.
Foi a minha catapulta para gastar uma boa dose de euros.