quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Tenho cá para mim

que tenho uma vontade muito fraquinha.
Pontos de vista débeis.
Argumentos rudimentares.
Quem me rodeia gosta de se ouvir falar e repete-se e repete-se.
São monólogos surdos de quem tem necessidade de sobressair.
Já era bicha do mato, mas agora estou pior.
Os minutos de tolerância dos meus ouvidos passaram a segundos e dou por mim a gritar interiormente:
-Chega! Já nem te estou a ouvir! Cala-te.
Nestes preparos passo para as tarefas do meu agrado. É quase como ler na diagonal. Contorno os sons e seleciono o que me permite parecer interessada.

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