sexta-feira, 23 de março de 2012

encontrei um fotógrafo

que saiu daqui há uns dez anos atrás, sem saber o que era.
É um jovem que vive com o dinheiro de hoje e sem ter para amanhã.
Remete-se ao preto e branco e viaja pelas ruas, pelas pessoas, pelos nus.
Gostei de o ver. É um idealista, magrinho, murado de 'peace and love.'
Lembro-me do seu cheiro antigo, a sabão azul e branco, imaculado pela mãe que o mantinha ao peito.
A ela vi a preocupação deste filho dado às artes de quem não consegue compreender a fuga nem o sonho. É o do meio e os outros dois estão na música e desenho. Uma sina que lhe aumenta a angústia e lhe endurece o rosto. Ao Alexandre não entra a possibilidade de enveredar pelo mecanismo do dinheiro só para satisfazer a mãe.

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